Demanda global por petróleo deve crescer 32% até 2040, diz AIE
25 Jul (Reuters) - O consumo global de petróleo irá subir 32 por cento até 2040 e combustíveis fósseis continuarão a fornecer a maior parte da energia necessária, mesmo com o crescimento do uso de renováveis e energia nuclear, disse a Administração de Informação de Energia dos EUA (AIE) nesta quinta-feira.
A China e a Índia deverão responder por cerca de metade da alta de 56 no uso total de energia no período entre 2010 e 2040, de acordo com projeção publicada pela AIE.
"Estes dois países juntos serão responsáveis por metade do total do crescimento do uso de energia até 2040", disse o administrador da AIE, Adam Sieminski.
"Isso terá um profundo efeito no desenvolvimento dos mercados mundiais de energia."
O crescimento da demanda por décadas tem sido focado nos países desenvolvidos, mas economias emergentes têm visto um aumento no consumo em anos recentes e estão se tornando cada vez mais influentes para os preços globais.
O consumo de petróleo e outros combustíveis líquidos deverá saltar de 87 milhões de barris por dia em 2010 para 97 milhões de barris em 2020, projetou a AIE, e atingir 115 milhões em 2040.
Em 2011, último ano em que a AIE divulgou seu Panorama Internacional de Energia, a demanda por petróleo foi estimada em 98 milhões de barris por dia em 2020 e 112 milhões de barris diários em 2035.
Embora os combustíveis fósseis deverão permanecer como fonte de 80 por cento do consumo energético até 2040, a fatia dos combustíveis líquidos foi estimada em queda de 6 a 28 por cento no período, atingindo 28 por cento do consumo global de energia.
O consumo de gás natural foi projetado em alta de 1,7 por cento por ano, crescimento mais acelerado no segmento de combustíveis fósseis. Em 2011, a AIE previu crescimento anual de 1,6 por cento para o gás natural entre 2008 e 2035.
O consumo de energia de fontes renováveis e de energia nuclear foi estimado em alta de 2,5 por cento no período, crescimento mais rápido entre todos os setores de energia no globo.
(Reportagem de Matthew Robinson)
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