Terminal de combustíveis em Santos ainda tem focos de incêndio
SÃO PAULO (Reuters) - O incêndio no terminal de combustíveis da Ultracargo, do Grupo Ultra, no distrito de Alemoa, em Santos, continuava nesta quinta-feira pelo oitavo dia seguido, enquanto as restrições a caminhões para a entrada no porto pela margem direita foram mantidas, segundo nota da administração portuária (Codesp).
Os bombeiros conseguiram debelar as chamas que ainda atingiam esta manhã o alto de um dos tanques. No entanto, à tarde ainda havia fogo no combustível derramado na piscina de contenção que cerca os tanques.
Diante da continuidade do incêndio, que interdita a Avenida Augusto Barata, acesso ao porto de Santos pela margem direita, o Comitê de Gestão da Crise decidiu pela continuidade da interrupção do tráfego de caminhões no local por mais 24 horas, a partir da zero hora de sexta-feira, medida reavaliada no decorrer do dia.
A estratégia dos bombeiros permanece sendo resfriar os reservatórios com água bombeada do mar, além de aplicar espumas especiais de combate a incêndio. Há risco de o calor externo iniciar novamente o fogo dentro dos tanques, disse a Defesa Civil.
"Os trabalhos para o isolamento da área e contenção do fogo prosseguem sem interrupção", disse a Ultracargo, em nota.
A empresa disse que uma carga adicional de um líquido gerador de espuma estava sendo enviada para Santos nesta quinta-feira, para continuidade da operação de combate ao fogo.
CAMINHÕES
Apesar do bloqueio, nos últimos dias a passagem para a margem direita do porto tem sido permitida excepcionalmente das 22h às 4h, para os veículos com agendamento nos terminais autorizados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Já a saída dos caminhões do porto ocorre em comboios das 9h às 17h e das 21h às 5h, segundo a Prefeitura de Santos, em medida que visa limitar perdas para as exportações do Brasil, especialmente de soja, que têm sido afetadas.
O porto de Santos deixou de exportar 400 mil toneladas de soja e farelo de soja em função da restrições à entrada de caminhões, afirmaram nesta quinta-feira dirigentes da Abiove, a associação que representa as indústrias de soja no país. [nL2N0X61DM]
Já a Rumo, que opera um dos maiores terminais de açúcar do mundo, e que também exporta grãos, disse à Reuters que "está mantendo os embarques de açúcar e soja", com operação normal da ferrovia, que não está afetada pelo bloqueio.
A empresa disse que devido à entressafra de açúcar, o volume transportado do produto é menor.
A rodovia Anchieta tem registrado tráfego lento em alguns pontos, devido à triagem realizada pela Polícia Militar Rodoviária nos veículos comerciais, segundo a Ecovias, concessionária da rodovia.
O acesso de caminhões à margem esquerda do porto, no município de Guarujá, continua ocorrendo normalmente.
A operação com comboios durante a última madrugada conseguiu zerar a espera de caminhões com destino à margem direita, disse a autoridade portuária (Codesp).
(Por Gustavo Bonato, Luciana Bruno e Roberto Samora)
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