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No rádio, Dilma reforça defesa de política de conteúdo nacional

21/04/2014 19h10

A presidente Dilma Rousseff aproveitou seu programa semanal de rádio desta segunda-feira para fazer uma associação entre o inconfidente mineiro Tiradentes e a política de conteúdo nacional proposta pelo governo para as compras da Petrobras ? motivo de queixas em parte do meio empresarial.

O assunto foi tema de discursos feitos por Dilma na última semana em eventos públicos em defesa da petrolífera, alvo de denúncias de corrupção. A presidente fez a associação após exaltar a capacidade de produção da indústria naval brasileira.

"Como mineira e brasileira, eu quero lembrar que hoje é o Dia de Tiradentes, símbolo da luta por um Brasil melhor, altivo e independente. Tiradentes uma vez disse: 'Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação'. Vamos fazê-la", disse Dilma. "O renascimento da indústria naval brasileira mostra que Tiradentes tinha muita razão", afirmou.

Dilma disse que o Brasil possui atualmente uma indústria naval "forte, pujante, que emprega quase 80 mil trabalhadores" e, ao comparar a geração de empregos no setor desde o início do governo petista, avaliou que "até 2003, a indústria naval brasileira estava desaparecendo".

"Em 2017, segundo as previsões, serão 100 mil trabalhadores contratados na indústria naval. Veja bem, 100 mil empregos diretos. Sabe quantos empregos existiam na indústria naval em 2003? Sete mil, quatrocentos e sessenta e cinco", disse. "Agora, ela foi multiplicada por dez", acrescentou a presidente, afirmando ainda que a mudança desse quadro decorreu de "uma escolha que mudou a história" feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que "o que puder ser produzido no Brasil, deveria ser produzido aqui".

"Graças à política de compras da Petrobras iniciada no governo Lula e desenvolvida no meu governo, renasceu uma indústria naval dinâmica e competitiva, que irá disputar o mercado com as maiores indústrias navais do mundo", afirmou a presidente em seu programa "Café com a Presidenta".

Ao explicar a preferência por componentes nacionais em compras da Petrobras, Dilma afirmou que o lema do governo é "fazer no Brasil porque temos capacidade para fazer". Ainda na avaliação da presidente, as perspectivas para a indústria naval com a exploração do pré-sal são de "números fantásticos, grandiosos".