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Ibovespa opera com leve queda

30/07/2015 11h36


O Ibovespa abriu em alta nesta quinta-feira, puxado por ganhos na Europa e balanços, mas não resistiu à abertura de Nova York e passou a operar em queda.

Às 11h34m, o recuo no principal índice da BM&FBovespa era de 0,23%, para 50.132 pontos. A queda ocorre após dois dias seguidos de ganhos, nos quais acumulou recuperação de 3,03%.

A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre dos Estados Unidos mostrou crescimento do país de 2,3% em base anualizada, ante expectativa de 2,7%, o que pressiona as bolsas americanas, comenta o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo. Esse recuo das bolsas traz pressão para o Ibovespa.

Além disso, na visão do analista, a inadimplência divulgada hoje pelo Banco Central (BC) segue alta, o que prejudica os bancos. A inadimplência média das operações de crédito no sistema financeiro apresentou queda de 0,1 ponto percentual em junho, para 2,9% do total.

O número faz com que os balanços de Bradesco e Santander fiquem em segundo plano. Bradesco ON cai 1,77%, PN recua 1,55%, Itausa perde 1,45%, Itaú recua 1,38% e Santander Unit perde 1,24%. As ações do Santander chegaram a ficar entre os destaques de alta hoje. Para Figueredo, a tendência do Ibovespa é de queda, tendo em vista os desafios estruturais que permanecem.

Embraer cai 6,17%. A empresa lucrou R$ 339,6 milhões no segundo trimestre do ano, um aumento de 24,9% sobre igual trimestre de 2014, mas a receita e o Ebitda ficaram abaixo do esperado pelo mercado.

Do outro lado, ações de energia elétrica se recuperam do tombo de ontem. Cesp sobe 7%, seguida por Cemig (4,12%), Energias do Brasil (3,14%), CPFL (2,77%) e Eletrobras PNB (2,44%). Energias do Brasil divulgou ontem à noite lucro líquido de R$ 744 milhões no segundo trimestre, um aumento de mais de quatro vezes sobre igual período de 2014.

Vale

As ações da Vale permanecem em alta após o balanço da empresa. O ganho era de 1,99% nas PNA e de 1,42% nas ON. A mineradora registrou lucro líquido de R$ 5,14 bilhões no segundo trimestre de 2015, forte avanço de 61,4% na comparação anual. A receita líquida nos meses de abril, maio e junho somou R$ 21,44 bilhões, recuo de 3% na mesma base de comparação. Os custos, por outro lado, subiram 17,7%, passando para R$ 15,97 bilhões.

O Credit Suisse considerou o resultado da Vale bastante forte em nota, destacando redução de custo e preço realizado acima do mercado.

O Citi comenta que o Ebitda ajustado, de US$ 2,2 bilhões, ficou acima dos US$ 2 bilhões projetados pela casa e pelo consenso do mercado. A performance superior veio dos preços realizados do minério de ferro, que melhoraram fortemente. "A administração está entregando suas promessas", diz o Citi em nota.