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Fras-le registra avanço do lucro e queda da receita no 4º trimestre

23/03/2017 09h25

A fabricante de lonas e pastilhas de freio Fras-le informou nesta quinta-feira (23) avanço de 42,3% no lucro líquido do quarto trimestre, para R$ 11,1 milhões. A receita da companhia, no entanto, recuou 8,8% de outubro a dezembro, para R$ 293,4 milhões, em relação a 2015.


No acumulado de 12 meses, a controlada da Randon registrou avanço de 23,2% no lucro líquido, para R$ 64,3 milhões, e recuo de 7,1% na receita, para R$ 812,6 milhões, em relação a 2015.


A fabricante atribuiu a queda na receita à retração da indústria automobilística, "com consequente impacto na cadeia de autopeças, chegando a influenciar inclusive no segmento de reposição". A companhia também informou que realizou um reposicionamento de preços no ano passado, considerado "necessário para a manutenção dos negócios realizados".


A última linha do balanço, por outro lado, foi beneficiada por um resultado financeiro líquido positivo de R$ 8,5 milhões, ante perda de R$ 7,7 milhões em 2015. Tal conta foi beneficiada pela variação cambial, que influenciou a composição de pagáveis e recebíveis atrelados ao dólar, além do menor nível de endividamento.


A companhia também registrou queda de 24,2% nas despesas com vendas, para R$ 20 milhões, e de 33,1% nas despesas administrativas, para R$ 14,5 milhões.


O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recuou 47,6% no trimestre, para R$ 14,3 milhões.


Nas exportações, a companhia informou queda de 15,4% no último trimestre do ano passado, para US$ 15,8 milhões, afetada pela redução de vendas para o mercado mexicano.


2017


A expectativa da Fras-le é entregar uma receita líquida consolidada de R$ 900 milhões e investimentos de R$ 30 milhões neste ano.


Para o ano, a fabricante também estima receitas no exterior (que incluem exportações no Brasil e operações internacionais) de US$ 140 milhões, e importações de US$ 20 milhões. A receita bruta total deve somar R$ 1,2 bilhão no ano.


Segundo a companhia, esses indicadores foram validados no seu processo de planejamento estratégico e "respaldados pela avaliação do cenário macroeconômico doméstico" e dos países com os quais a empresa mantém relações comerciais, "bem como, indicadores setoriais, da indústria automotiva, e comportamento de mercado nos segmentos de atuação".