Médicos da Presidência atestam, mas hospital não divulga laudo negativo
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Em relatório médico obtido pela coluna, assinado pelos doutores Marcelo Zeitone, assistente médico da Presidência da República, e Guilherme Guimarães Wimmer, coordenador de Saúde da Presidência da República, há a informação de que o presidente Jair Bolsonaro está sendo monitorado desde o dia 11 de março, quando desembarcou no Brasil, e que ele não teria risco de disseminar a doença.
"Conforme orientação do Ministério da Saúde, foi realizado exame para detecção de COVID-19, nos dias 12 e 17 de março, com amostras coletadas pela equipe do Hospital das Forças Armadas, e processadas no laboratório Sabin, nesta cidade de Brasília, com o resultado do referido exame dando não reagente (negativo)", diz o documento, que acrescenta que "não há, portanto, risco sanitário de contágio/disseminação por parte do presidente da República, uma vez que o mesmo não demonstrou ser, até o presente momento, hospedeiro do novo coronavírus".
O diretor do Hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília, general Rui Yutaka Matsuda, disse que o resultado dos exames do presidente Jair Bolsonaro para coronavírus é um documento pessoal e que, quando o hospital recebe do laboratório Sabin, o envelope vem lacrado.
"Não sei [se será divulgado]. Isso é pessoal dele. Nem nós podemos [divulgar o resultado], porque, quando mandamos para ele, não sabemos. Mandamos num envelope lacrado, é ele que abre", afirmou o general à coluna.
Segundo o diretor do HFA, o laboratório Sabin, que é o parceiro na realização do exame, também não tem autorização para tornar o documento público. "O laboratório Sabin tem o controle, mas mesmo o Sabin não pode divulgar isso. Eles logicamente têm ciência [do resultado], mas ele lacra, manda para nós, e nós mandamos para o presidente", reforçou.
Sobre a necessidade ou não de o presidente voltar a realizar os testes, já que boa parte da comitiva que viajou com ele para os EUA teve resultado positivo para a doença, o general disse que a repetição dos testes segue o protocolo do Ministério da Saúde, mas o HFA pode atender, a qualquer momento, uma solicitação da Presidência da República.
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