Moro e Guedes são 'convocados' para reforçar alinhamento e afastar crise
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Desde que assumiu o comando do gabinete de crise do combate ao coronavírus, o ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, tem se esforçado para minimizar o desgaste entre o presidente Jair Bolsonaro e seus principais ministros. Depois de decidir concentrar os anúncios do governo no Palácio do Planalto, hoje, com apoio dos demais ministros palacianos, Braga Netto convenceu que era o dia dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, Sergio Moro, participarem entrevista.
Braga Netto, Moro e Guedes dividiram a bancada com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem sido o protagonista das ações do governo e demonstrado algumas divergências com Bolsonaro.
Nos bastidores, Moro e Guedes estavam cada vez mais alinhados com a posição do ministro da saúde pela defesa da quarentena, enquanto o presidente defende um afrouxamento das regras.
"A ideia é mostrar que a crise é transversal a todos os ministérios e todos estão apresentando resultados e informando a população", repetiu Braga Netto. O objetivo de auxiliares de Bolsonaro é deixar devidamente registrado e fotografado que há alinhamento entre as ações do governo.
Ontem, quando anunciou que as coletivas passariam a ser realizadas no Palácio do Planalto, Braga Netto tomou a dianteira e respondeu, antes mesmo do ministro da Saúde, que "não existia" a ideia de demitir o ministro da Saúde.
Questionado pela coluna se o presidente Jair Bolsonaro vai participar de alguma das coletivas, Braga Netto afirmou que "quando ele achar que deve sim".
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