Acusação de Witzel é classificada como ridícula por auxiliares de Bolsonaro
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Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro reagiram com indignação às acusações do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de que a Operação Placebo, deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal (PF), teria uma motivação política e influenciada pelo presidente.
"É ridículo (essa acusação). Está na mídia todos os desvios", afirmou um ministro palaciano.
A ordem no Planalto é tentar minimizar o desgaste pela declaração da deputada Carla Zambelli, de que operações contra governadores estavam prestar a acontecer, o que levanta suspeição, justamente quando o presidente é investigado por supostas interferências na PF.
Na avaliação de um auxiliar do presidente, a operação de hoje está acontecendo dentro dos trâmites normais. Esse interlocutor destacou ainda que os órgãos fiscalizadores já estão trabalhando para apurar e acompanhar desvios de recursos em diversos estados.
As fontes não comentaram sobre apreensão do celular do governador, já que nos últimos dias o encaminhamento do STF para que a PGR avalie a necessidade de apreensão do telefone do presidente foi amplamente criticada pelo governo. O próprio Bolsonaro disse que não entregaria seu aparelho telefônico.
Em coletiva de imprensa há pouco, o governador do Rio afirmou que não permitirá que Bolsonaro se torne um ditador e disse que o filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro já deveria estar preso.
Ontem à noite, Flávio havia feito postagens acusando o governador de supostos desvios na construção de leitos hospitalares.
Bolsonaro ainda não se manifestou sobre as acusações de Witzel. Hoje cedo, sem boa parte da imprensa na cobertura do Palácio da Alvorada, disse apenas: "Parabéns à Polícia Federal. Fiquei sabendo agora pela mídia. Parabéns à Polícia Federal, está ok?"
No Twitter, o Secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten , fez críticas a Witzel.
"Investigado pelo MPE do Rio e alvo da PF, com autorização do STJ, o governador Witzel tenta dar uma cambalhota nas acusações de sua participação num esquema corrupto na Saúde e acusar o presidente Bolsonaro de usar a PF contra ele", escreveu o assessor do presidente.
"A reação dele está alinhada com parte da mídia do Rio que quer tirar o foco da corrupção na saúde carioca para um depoimento de um alpinista em campanha política atacando o PR e sua família", completou.
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