Ramos antecipa ida para a reserva e anuncia saída de Exército
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O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, divulgou nesta quinta-feira (25) que vai antecipar sua saída do Exército e passará para a reserva remunerada. O ato atende aos anseios da caserna, incomodada com a presença de militares da ativa no governo de Jair Bolsonaro, em meio a crises com o Judiciário e o Legislativo.
"No exercício do cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República desde o dia 4 de julho de 2019, permaneci no serviço ativo, ainda que licenciado do Alto-Comando do Exército (ACE) e, dessa forma, apartado de todas as reuniões e decisões estratégicas e administrativas a ele relacionadas", justificou Ramos, em nota.
O ministro disse que ingressará com o requerimento para solicitar a reserva no dia 1º de julho.
"Com esta decisão, afasto de forma definitiva e irrevogável, a possibilidade do meu retorno às lides da caserna, o que poderia acontecer até dezembro de 2021, como também, do recebimento de uma nova missão oriunda do Comando do Exército", declarou o general. .
Nesta quinta-feira de manhã, o ministro causou um leve mal-estar no governo ao publicar uma mensagem com o que seria o anúncio da extensão do auxílio emergencial. Ramos reconheceu o equívoco e apagou a mensagem.
Ramos ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército em 8 de março de 1973. Quando foi convidado por Bolsonaro para fazer parte do governo estava à frente do Comando Militar do Sudeste.
Em maio, trouxe incômodo na cúpula militar a notícia que Ramos estivesse trabalhando para assumir o Comando do Exército no lugar do general Edson Pujol. Ele negou e afirmou que não existia essa hipótese.
"Certamente, o meu retorno à Força ainda representava uma possibilidade e expectativa pessoal, se esta fosse a vontade do Comandante do Exército e do ACE, subordinada sempre aos princípios da conveniência e oportunidade", ponderou Ramos em sua nota divulgada hoje.
O ministro disse ainda que aceitou fazer parte do governo "com a certeza inabalável de que integraria uma equipe reunida em torno do objetivo inalienável de mudar a história do Brasil e construir um futuro melhor para as nossas próximas gerações, sempre sob a direção firme e segura de Jair Bolsonaro, nosso Presidente". "E com esse sentimento e certeza permaneço firme", completou.
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