Bolsonaro critica quem reclama de valor do auxílio: "não é aposentadoria"
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (28), em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, que o auxílio emergencial não é uma aposentadoria e que pretende estendê-lo pelo menos até o fim do ano "com uma importância menor do que R$ 600".
"Tem cara já reclamando, o tempo todo assim. Isso não é aposentadoria, é uma ajuda emergencial. Eu sei que é pouco para quem recebe, mas ajuda, pô, é melhor do que nada", afirmou o presidente.
Após um apoiador agradecer ao presidente pela ajuda do auxílio e dizer que Bolsonaro tinha que "agradecer a Deus" pelo que ele está fazendo, o presidente respondeu: "Agradeço todo dia. E peço ajuda para carregar essa cruz porque está pesada".
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O presidente teve uma reunião nesta sexta-feira com o ministro Paulo Guedes (Economia), no Palácio do Planalto, para tentar fechar ainda hoje o valor da extensão do auxílio. Bolsonaro também recebeu alguns técnicos da economia.
Além da parte econômica, o governo também estuda um formato do anúncio, para que ele traga ganhos políticos ao presidente. Para estender o auxílio com um valor menor será preciso também do aval do Congresso. No momento, o governo acredita que o documento mais adequado para a prorrogação é uma Medida Provisória, que teria validade imediata.
Segundo um auxiliar do governo, apesar de o presidente ter pedido mais estudos para também aprovar o programa Renda Brasil, o foco das discussões de hoje estão na definição do auxílio emergencial.
Na sua fala de hoje, Bolsonaro lembrou que o auxílio emergencial de R$ 600 custa aos cofres públicos R$ 50 bilhões por mês e por isso justificou que o valor tem que ser reduzido. O presidente gostaria, segundo seus auxiliares, conseguir uma parcela de R$ 300, mas quer ouvir a equipe econômica e seus argumentos antes de bater o martelo.
No fim da tarde, um auxiliar do presidente informou que ainda não havia uma decisão final do governo.
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