Correios e empregados não chegam a acordo, e TST marca julgamento para 21/9
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Em audiência de conciliação realizada nesta sexta-feira (11) no TST (Tribunal Superior do Trabalho) não houve avanço na negociação entre os Correios e os trabalhadores, que estão em greve. Com isso, a corte decidiu marcar para o próximo dia 21 o julgamento do dissídio coletivo de 2020.
Os funcionários da estatal são contra a retirada de benefícios e chegaram a pedir 5% de reajuste salarial. Os Correios, por sua vez, alegam que não há como manter o mesmo acordo do ano passado, por conta do cenário atual de pandemia.
A audiência de hoje foi realizada pela ministra Kátia Arruda. A magistrada questionou a empresa da disponibilidade de acordo o que foi negado pela empresa.
De acordo com o secretário da FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), Emerson Marinho, a orientação "é manter e ampliar a greve". "Nós queremos parar a linha de produção da empresa", disse.
Segundo ele, atualmente a paralisação atinge de 65% a 70% do efetivo. "A semana que vem vai ser bem dura no que diz respeito ao enfrentamento que vamos fazer contra a direção dos Correios", afirmou à coluna.
Em nota, a estatal afirmou que "segue trabalhando para reduzir os efeitos da paralisação parcial dos empregados". "Nas últimas quatro semanas, seguindo o plano de continuidade do negócio, já foram mais 32 milhões de encomendas entregues em todo o país".
Os Correios afirmaram ainda que "têm preservado empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT, bem como outros benefícios concedidos aos trabalhadores".
Impasse se arrasta há quase um mês
No último dia 17 de agosto, os funcionários decidiram decretar greve por tempo indeterminado. Eles chegaram a fazer alguns piquetes em distribuidoras dos Correios, impedindo que caminhões saíssem para entregar mercadorias.
No último dia 27, o vice-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, propôs um acordo para encerrar o movimento grevista. A sugestão do magistrado era estender por mais um ano o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do ano passado, mantendo os atuais benefícios dos funcionários, mas sem que seja concedido o reajuste de 5%.
Os trabalhadores chegaram a sinalizar que aceitariam a proposta, mas a empresa recusou e afirmou que não teria como "suportar as altas despesas" e "discutir benefícios que foram concedidos em outros momentos e que não condizem com a realidade atual de mercado". Com isso, o caso foi para a audiência de conciliação de hoje.
Agora, novamente sem acordo, será preciso aguardar o julgamento para definir o fim da greve, a manutenção ou retirada dos benefícios e o reajuste salarial da categoria.
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