Sindicato rejeita decisão e sugere a funcionários dos Correios manter greve
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Em informe direcionado aos sindicatos dos funcionários dos Correios, a direção da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) reclama da decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que determinou a suspensão da greve e alterou cláusulas trabalhistas, e acusa o tribunal de decisão política.
"Conclamamos a todos os trabalhadores e trabalhadoras do país a se manterem firmes na greve diante dos ataques do governo, que usou o Tribunal Superior do Trabalho para atacar os nossos direitos".
No documento, os sindicalistas dizem que o julgamento de hoje retirou as conquistas da categoria ao longo de mais de 35 anos.
"Não podemos permitir esse ataque, que representa a retirada de até 40% da remuneração dos trabalhadores em meio à pandemia que assola todo o mundo. Uma atitude covarde que os trabalhadores e trabalhadoras não vão aceitar, pois a luta é pelo sustento das milhares de famílias que dependem dessa remuneração", diz o informe.
A Fentect pede que os sindicatos façam suas assembleias amanhã (22) e deliberem pela continuidade da greve. No julgamento do hoje, o TST decidiu por uma multa de R$ 100 mil por dia em caso de continuidade das paralisações.
Assembleias estaduais
A federação organizou alguns trabalhadores que fizeram protestos em Brasília nesta segunda-feira em frente ao Ministério das Comunicações e à sede da empresa em Brasília. O informe salienta que é "importante que os trabalhadores e trabalhadoras que se deslocaram em caravanas para Brasília estejam presentes nas assembleias em seus Estados para decidirem em conjunto a continuidade do movimento paredista".
A Fentech diz ainda que os sindicatos das bases de Rio de Janeiro e São Paulo devem ter assembleia ainda hoje (21) e apela para que eles reafirmem a continuidade da greve. "Neste momento essas bases não podem recuar diante do ataque do Governo Federal, que certamente vai privatizar a Empresa e demitir milhares de pais e mães de família se perdermos essa batalha", escreve a federação.
"Qualquer recuo isolado por parte de qualquer direção sindical neste momento significaria a entrega da categoria nas mãos dos patrões, o que não podemos permitir que aconteça."
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