Guedes faz aceno simbólico de unidade e insiste em "tributos alternativos"
![Ministro da Economia, Paulo Guedes, em Brasília -](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/57/2020/09/23/ministro-da-economia-paulo-guedes-em-brasilia-1600875127437_v2_900x506.jpg)
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Uma semana depois da ordem do presidente Jair Bolsonaro de não se falar mais em Renda Brasil até 2022 e de criar um novo desgaste na equipe de Paulo Guedes (Economia) ao ameaçar dar um cartão vermelho por conta de declarações do secretário Especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, o governo tenta passar a ideia de unidade em busca da retomada da agenda econômica.
Ontem à noite, Guedes fez uma longa reunião com líderes, membros do governo e da Receita Federal para tentar alinhar a reforma tributária que pretende enviar "na semana que vem" para o Congresso.
O principal ponto que o ministro quer avançar é a "nova CPMF" que, de acordo com o governo, não resultará em aumento de carga tributária e pode ajudar na retomada do emprego e da renda.
"Queremos facilitar a criação de emprego, então vamos fazer um programa de substituição tributária", disse hoje no Palácio do Planalto após mostrar as ideias para a aprovação do presidente da República. Guedes reforçou ainda que é preciso desonerar a folha de pagamentos, "por isso precisamos de tributos alternativos".
Alinhamento
Após a reunião com Bolsonaro, Guedes deu declarações à imprensa ao lado do ministro da articulação, Luiz Eduardo Ramos, e do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros.
A forma e o conteúdo das declarações representam um gesto mais simbólico do que prático. Isso porque, o ministro da Economia não quer correr o risco de ver as ideias de sua equipe tornarem-se públicas antes da hora. Além disso, Guedes está rompido com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e a ordem agora é dividir o seu poder com parlamentares.
Segundo um auxiliar do presidente, nenhuma proposta sairá da equipe econômica sem o aval da ala política do governo.
Barros chegou a dizer que "é vontade do governo terminar o ano" com as reformas (tributária e administrativa) aprovadas, mas como bom parlamentar que é completou a frase ponderando a dificuldade de se avançar como o ministro da economia gostaria.
"Obviamente a consulta aos senhores líderes é fundamental", disse Barros.
Barros deixou claro ainda que o presidente Bolsonaro "autorizou que pudéssemos instrumentalizar a reforma tributária", mas na sequência foi mais realista e afirmou que: "não há neste momento nenhuma afirmativa que podemos fazer de que isso ou aquilo estará dentro do texto a ser apresentado".
Ou seja, por mais que haja vontade de se avançar com os projetos do governo, com tantas mãos escrevendo a agenda que um dia já foi só de Guedes é difícil acreditar que o consenso chegará "semana que vem".
"Estamos construindo a solução", prometeu o ministro.
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