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Carla Araújo

Não há tempo hábil e não houve iniciativa para prorrogar auxílio, diz líder

O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, durante sessão da comissão externa de ações contra o coronavírus no Brasil - Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, durante sessão da comissão externa de ações contra o coronavírus no Brasil Imagem: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados

Do UOL, em Brasília

23/12/2020 12h15

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Com o ano se aproximando do fim o governo já bateu o martelo que o auxílio emergencial também será encerrado. Apesar de nos bastidores alguns ministros e auxiliares do presidente Jair Bolsonaro pressionarem para a continuidade do benefício, a equipe econômica e agora a ala política já estão convencidas de que não será possível estender o benefício.

"A prorrogação do auxílio necessita de Orçamento de Guerra, não há recursos para isso. Para termos um novo auxílio temos que ter um novo Orçamento de Guerra, que precisaria ser votado na Câmara e no Senado numa emenda constitucional", disse à coluna o líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR). "Não há tempo hábil e não houve iniciativa de qualquer parte para se prorrogasse ou se renovasse o Orçamento de Guerra", completou.

A equipe econômica ainda tenta buscar alternativas para dar algum tipo de suporte ao milhares de "invisíveis" que foram beneficiados com a medida e que não estavam contemplados no Bolsa Família.

Segundo o líder do governo, estão na mesa de estudos de medidas a ampliação do Bolsa Família, para atender parte dessa população com um valor que deve ser maior do que o atual, e políticas de microcrédito para incentivar a atividade econômica.

Reformas e teto de gastos

Ontem (22), na tribuna da Câmara, Barros fez um pronunciamento para falar dos trabalhos de combate a pandemia feitos pelo governo e pelo Congresso e afirmou que espera que no ano que vem as reformas avancem no parlamento.

"Espero que juntos possamos modernizar o país, fazer as reformas constitucionais necessárias e enfrentar votações duras e necessárias. Se queremos manter o teto de gastos precisamos conter a despesa. Inevitavelmente esse é o único caminho para nós podermos dar o sinal de que, ao longo do tempo, teremos contas públicas equilibradas", afirmou.

Barros disse ainda que é preciso ter coragem de extinguir privilégios e que em 2021 é preciso "seguir o mantra do presidente Jair Bolsonaro: 'Não tem aumento da carga tributária, não tem fura teto e não tem prorrogação de orçamento de guerra'".

De acordo com o líder, 2021 será um "ano difícil, de orçamento justo e de rigor fiscal". "Vamos conseguir avançar nessa direção, dar um sinal para o mercado que o Brasil tem compromisso com o ajuste fiscal e conseguir investimentos que nos permitirão criar empregos".