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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Comandantes das Forças Armadas se reúnem para avaliar cenário atual

Do UOL, em Brasília

29/03/2021 19h48Atualizada em 29/03/2021 23h05

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Os comandantes do Exército, Edson Pujol; da Marinha, Ilques Barbosa Junior e o da Aeronáutica, Antonio Carlos Moretti Bermudez, se reuniram na noite da segunda-feira (29), segundo fontes, para "avaliar o cenário atual", após a demissão do ministro Fernando Azevedo e Silva.

Após o encontro, ficou acertado uma nova reunião nesta terça-feira (30), com a presença de Azevedo e do novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

Existe a possibilidade de uma renúncia coletiva do cargo, mas generais ouvidos pela coluna dizem que essa hipótese ainda é "pouco provável" e traria uma instabilidade muito forte ao país.

Nesta noite, o presidente Jair Bolsonaro confirmou a saída de Azevedo e a escolha do atual ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, para comandar a Defesa.

Militares ouvidos pela coluna dizem que a chegada de Braga Netto ao ministério da Defesa poderia arrefecer o suposto ímpeto de Bolsonaro em pedir a saída de Pujol do comando do Exército.

Apesar disso, cabe única e exclusivamente ao presidente decidir as nomeações e, como lembrou um general, "ninguém segura o ímpeto do presidente em tomar decisões ruins".

Caso Braga Netto não consiga manter Pujol no cargo, na avaliação de militares a reação do Alto Comando não seria boa e poderia dificultar a relação do novo titular da Defesa com as Forças.

Braga Netto e Pujol são próximos e, segundo militares, possuem uma boa relação. Apesar de um ano de diferença na formação, ambos são da mesma arma (cavalaria) e Braga Netto foi Chefe de Estado-Maior do Exército, com Pujol no comando.

O nome de Braga Netto chegou à caserna, sem unanimidade. Muitos dizem que por ser de uma turma mais nova do que a dos comandantes atuais, o ministro poderia ter dificuldades em ter liderança.