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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Pazuello é nomeado para cargo no Planalto com salário de R$ 16 mil

Do UOL, em Brasília

01/06/2021 14h39

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O general Eduardo Pazuello foi nomeado nesta terça-feira (1º) para assumir o cargo de Estudos Estratégicos da Secretária de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. A informação havia sido antecipada pela coluna. A nomeação foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Inicialmente, Bolsonaro havia prometido ao ex-ministro da Saúde outra função e ele ficaria subordinado ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. A ideia era que ele assumisse a Secretaria de Modernização do Estado.

Agora, porém, Bolsonaro decidiu deixar Pazuello na SAE, secretaria que é diretamente ligada ao presidente. O ex-ministro ficará a poucos metros do gabinete presidencial e receberá um salário de pouco mais de R$ 16 mil para assumir a função.

Futuro no Exército

Bolsonaro tem pressionado o Exército para que o ex-ministro, que ainda é general da ativa, não seja punido pela participação de uma manifestação com o presidente no Rio de Janeiro. Até o momento, o Exército não havia sido informado do novo cargo de Pazuello.

Pazuello já apresentou suas justificativas ao Comandante do Exército, disse que não se tratava de ato político, mas o Alto Comando da Força ainda quer algum tipo de punição.

Além disso, certamente, aumentará novamente entre os militares a pressão para que Pazuello peça finalmente para ir para a reserva. O general vem resistindo à ideia enquanto durar a CPI, já que terá que depor novamente.

Enfraquecimento do almirante

A SAE é comandada atualmente pelo almirante Flavio Rocha, que havia ganhado espaço no círculo de confiança do presidente.

Rocha chegou a acumular o cargo na SAE com uma função na Secretaria de Comunicação (Secom) com a queda de Fábio Wajngarten, mas ficou pouco tempo no cargo. Agora, o comando da comunicação palaciana está nas mãos do discreto policial André Costa.

Há quem acredite que com esse processo de fritura, o almirante em breve deve deixar o governo.