Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Bolsonaro insistiu por isenção de R$ 2,5 mil, mas ainda não cumpre promessa
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Nos últimos dias, enquanto a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, estava fechando o projeto de lei (PL) com a segunda parte da reforma tributária, o presidente Jair Bolsonaro pediu para que a isenção da tabela do Imposto de Renda alcançasse o patamar de R$ 2.500.
Em uma reunião com Guedes, no início da semana, Bolsonaro ouviu que a área técnica recomendava que o PL elevasse a faixa de isenção de R$ 1.903,99 para R$ 2.400. Apesar disso, o presidente insistiu que o valor chegasse a R$ 2.500.
O tema é uma das promessas do presidente desde a campanha. Bolsonaro, porém, sempre defendeu que a isenção beneficiasse quem ganha até cinco salários mínimos (R$ 5.500 hoje).
Apesar da promessa, o governo tem afirmado que não é possível chegar a esse número por causa do impacto na arrecadação.
Se aprovada, a proposta apresentada nesta sexta-feira (25) dará isenção para mais 5,6 milhões de trabalhadores.
Para compensar a perda de arrecadação com a isenção do imposto para um número maior de contribuintes, o governo propõe a volta da cobrança dos lucros e dividendos que as empresas pagam para os seus acionistas como remuneração.
Pressão do Congresso
A entrega da segunda fase da proposta tributária atende a uma cobrança que vinha sendo feita pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). No início do mês, Lira afirmou que vinha mantendo diálogo com a equipe de Guedes para pedir "um kit completo".
"Temos a CBS. Precisamos do projeto do imposto de renda: pessoa física, jurídica e dividendos", disse, no dia 7 de junho.
Antes de 2022
A entrega da proposta hoje contou com a presença dos ministros palacianos Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), além de Guedes. O clima entre os ministros de Bolsonaro e Lira era de harmonia, sorrisos e abraços.
A expectativa do Palácio do Planalto é de Lira dar celeridade ao tema e que o Congresso consiga aprovar pelo menos uma parte da reforma tributária até o fim deste ano, já que em 2022, o processo eleitoral tende a dominar a atenção dos parlamentares.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.