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Carla Araújo

REPORTAGEM

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É complicado dar aumento a servidores pensando em eleição, diz Guedes

Ministro da Economia, Paulo Guedes está pressionado a dar aumento a servidores da segurança pública - Valdenio Vieira/PR
Ministro da Economia, Paulo Guedes está pressionado a dar aumento a servidores da segurança pública Imagem: Valdenio Vieira/PR

15/12/2021 19h30Atualizada em 15/12/2021 19h30

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Pressionado pelo Ministério da Justiça e também pelo presidente Jair Bolsonaro para conceder aumento a categorias da segurança pública, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que "não é um momento oportuno" para discutir aumento geral dos servidores e que, por conta da eleição, não se deve colocar responsabilidades para os governos seguintes.

Segundo Guedes, que nesta semana recebeu diretamente do Ministro da Justiça, Anderson Torres, um pedido para aumentar o salários de policiais, a conversa está acontecendo de maneira "muito transparente".

"Estamos conversando, pode até se fazer reestruturação, uma reforma, mas tem que ser um negócio especifico, muito localizado e muito limitado em números", afirmou Guedes.

Apesar de ser contra o aumento de servidores neste momento, Guedes já deu ordem para que sua equipe faça as contas para atender pelo menos em parte a demanda a categoria, que é uma base eleitoral importante do presidente Jair Bolsonaro.

Guedes, que tem feito concessões tidas como mais populistas em nome do projeto de reeleição de Bolsonaro, no entanto fez um alerta para as consequências econômicas do uso eleitoral de medidas como o aumento geral de todos servidores.

"Não é um ano, estamos em plena temporada eleitoral, para alguém ficar jogando responsabilidades nos governos seguintes (...) ou tentar dar aumento de salário para ganhar eleição. Isso é complicado", disse, ponderando que não é o caso da discussão do aumento para policiais, pois esse é um caso específico.

"Eles (policiais) têm a sensação de que governos deixaram haver uma defasagem muito grande"

O ministro admitiu que está tentando dar uma solução para os policiais, mas disse que preferia que todas as reformas de reestruturação de carreiras acontecessem dentro do contexto uma reforma administrativa geral.