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Pazuello é transferido para a reserva; ex-ministro deve se candidatar
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O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello teve sua ida para a reserva remunerada do Exército assinada oficialmente pelo presidente Jair Bolsonaro. O ato que consta no Diário Oficial da União também é assinado pelo ministro da Defesa, Braga Netto, e reforça que a transferência foi feita "a pedido".
General de divisão, Pazuello já estava no posto máximo da carreira, o serviço de Intendência e teria que passar para a reserva no dia 31 de março. O ex-ministro, no entanto, decidiu antecipar em alguns dias a aposentadoria já que deve concorrer nas eleições de outubro, possivelmente a uma vaga na Câmara dos Deputados.
Durante toda a sua gestão na Saúde, Pazuello criou desconforto na caserna por permanecer na ativa. Apesar disso, o general resistiu à pressão. Um dos episódios de maior desgaste para os militares foi a participação de Pazuello na CPI da Pandemia.
Na época, Pazuello chegou a considerar depor fardado, o que foi repreendido pelos pares. O ex-ministro então decidiu comparecer em trajes civis, mas não evitou que as Forças Armadas sofressem desgaste.
A decisão de antecipar em cerca de um mês a "aposentadoria", segundo fontes militares, não tem impacto em remuneração. O ex-ministro, ao menos por enquanto, continua no cargo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.
O ex-ministro é alvo de uma ação de improbidade e é investigado pela Polícia Federal por sua atuação na hospitalar de Manaus, quando diversas pessoas morreram por falta de oxigênio. Pazuello também é um dos 80 nomes indiciados na lista final da CPI da Covid.
Na lista da CPI pesam sobre o ex-ministro acusações de crimes contra a humanidade, epidemia com resultado morte, emprego irregular de verbas públicas, comunicação falsa de crime e prevaricação.
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