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Governo monitora e não vê risco de greve dos caminhoneiros no momento
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Por mais que algumas lideranças de caminhoneiros defendam que haja uma nova paralisação da categoria por conta dos novos aumentos no preço dos combustíveis, o governo federal tem monitorado as movimentações e, no momento, não vê risco de greve.
Segundo fontes do Ministério da Infraestrutura e do Palácio do Planalto, a situação está em um nível considerado "controlado" e "tranquilo". "Não devemos ter greve", afirmou uma fonte do governo.
Na semana passada, a Petrobras anunciou um reajuste de 24,9% no diesel, o que aumentou a pressão dos caminhoneiros para uma ação mais efetiva do governo. Muitos pedem o fim da atual política de paridade de preços internacionais.
A chamada ala política do governo, que também monitora a relação com os caminhoneiros, tem defendido a adoção de subsídios com a utilização de recursos do Tesouro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, no entanto, ainda tenta resistir à ideia.
Guedes tem dito que o uso de subsídios só deve ser adotado caso a guerra na Ucrânia se prolongue.
Aumento no frete
A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) afirmou que o problema do aumento do preço do diesel e a relação com o frete do caminhoneiro autônomo não se encerra com ações subsidiárias ou artificiais do poder público e defende o aumento no valor dos fretes.
"Há que se enfrentar o problema de forma conjunta com todos os que se relacionam com a contratação do frete. Evidentemente é necessária uma recomposição dos valores dos fretes do caminhoneiro e o mercado deve estar apto a encarar os aumentos dos custos para que se atenuem os desequilíbrios financeiros entre contratados e contratantes", disse a entidade, em nota.
A CNTA diz ainda que o cenário de conflito de proporções mundiais entre Rússia e Ucrânia tem sido um alavancador do preço do barril do petróleo, os quais chega a patamares recordes, com severas consequências para todos os consumidores de combustíveis.
"De modo que os setores devem trabalhar unidos e cientes de que é imprescindível um reajuste adicional no frete - parte integrante dos custos das mercadorias - por conta do aumento do insumo mais relevante na composição dos custos operacionais do transporte rodoviário de cargas", afirma.
A CNT (Confederação Nacional do Transporte) também defende a necessidade da recomposição imediata do preço do frete rodoviário em razão do reajuste anunciado pela Petrobras. Segundo a confederação, a medida se justifica para evitar o colapso de inúmeras empresas transportadoras, que, antes mesmo desse novo reajuste, já vinham negociando com os seus clientes o repasse dos quase 50% de aumento no diesel registrado em 2021.
"Caso não haja o repasse imediato, a operação de transporte no Brasil corre o risco de se tornar inviável", disse a entidade, em nota.
A CNT diz que as transportadoras já trabalham com margens reduzidas de lucro e que os sucessivos reajustes do preço cobrado em bomba devem ser repassados ao consumidor final.
"É claro que nos preocupamos com a população e com as consequências que o repasse desse aumento trará na vida das pessoas. Mas o setor, infelizmente, não tem mais quaisquer condições de segurar esse aumento, que deve ser repassado imediatamente no valor frete. Do contrário, colocaremos em risco a própria sobrevivência de muitas empresas de transporte, que são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil", disse o presidente da CNT, Vander Costa, também em nota.
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