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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Produtores dos EUA celebram taxa de importação de etanol zerada pelo Brasil

Usina de etanol - iStock
Usina de etanol Imagem: iStock

Do UOL, em Brasília

23/03/2022 07h00

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Produtores norte-americanos celebraram a suspensão temporária, pelo Brasil, de tarifa de 18% aplicada sobre o etanol importado dos Estados Unidos e afirmaram que medida pode melhorar as relações comerciais entre os dois países.

Em nota, o U.S. Grains Council (Conselho de Grãos dos Estados Unidos), que representa os grandes produtores privados americanos de grãos, afirmou que o corte da taxa é "uma oportunidade de continuar as discussões com o Brasil para ampliar o uso global do etanol de baixo carbono, reduzir as barreiras ao comércio e elevar seu destaque nas discussões sobre energia".

A medida, decretada pelo governo brasileiro com o objetivo de "reduzir pressões inflacionárias", vale a partir desta quarta (23) e segue até o fim do ano. A expectativa do Ministério da Economia é de conseguir, com a redução da tarifa, baixar o preço da gasolina em até R$ 0,20 por litro.

A advogada Fernanda Burle, do escritório MJ Alves e Burle, que representa o U.S. Grains Council no Brasil, afirma que a medida pode ter um impacto no preço dos combustíveis no curto prazo.

"O imposto de importação é um mecanismo que o governo usa para estimular ou desestimular a importação, e não tem objetivo arrecadatório. Portanto, ele é muito mais eficiente para reduzir o preço do combustível do que discutir ICMS, que depois exige repor uma perda de arrecadação. Isso não acontece com a medida tomada pela Camex de eliminar a tarifa, que é muito mais simples", disse à coluna.

A entidade americana já pressiona, inclusive, para a manutenção da medida, o que, segundo o órgão pode estimular um acordo mais duradouro com os brasileiros.

"Continuaremos a buscar um relacionamento comercial de etanol de longo prazo, aberto e mutuamente benéfico com o Brasil, enquanto trabalhamos para tornar permanente essa redução temporária", disse o U.S. Grains Council no comunicado.