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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Em propaganda do PL, Bolsonaro exaltará auxílios e Pix, planejado sob Temer

Do UOL, em Brasília

31/05/2022 12h57

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O presidente Jair Bolsonaro deve ser a principal estrela das propagandas em rádio e TV do seu partido, o PL, que serão veiculadas a partir da próxima quinta-feira (2). Ao todo, serão 40 inserções para o partido.

A ideia, segundo fontes da pré-campanha à reeleição, será a de tentar usar o que seriam "feitos do governo" na área econômica.

Mesmo com a inflação e o alto desemprego, a estratégia de Bolsonaro será, por exemplo, a de exaltar o Pix, modalidade de transações financeiras instantâneas, como uma criação bem-sucedida de seu governo.

Na avaliação da campanha, o Pix ganhou popularidade entre os brasileiros, é amplamente utilizado e tem potencial para trazer ganhos políticos ao presidente. As informações foram antecipadas no podcast do UOL, o Radar as Eleições

Em maio, em entrevista ao UOL, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, adiantou que o PIX seria usado como arma eleitoral. "O presidente tem muita coisa para mostrar no período eleitoral. Ninguém sabe que o Pix foi projeto do governo dele", disse Faria, na ocasião.

Apesar de querer reivindicar a paternidade do Pix, documentos analisados pelo UOL mostraram que o BC (Banco Central) iniciou o processo de criação da plataforma em 2018, quando o órgão era chefiado pelo economista Ilan Goldfajn —durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).

O argumento, no entanto, é rebatido dentro do governo, já que o que será dito é que foi Bolsonaro que "tirou a ideia do papel".

Governo do auxílio

Além da criação do Pix, Bolsonaro pretende contrapor as críticas a sua postura durante a pandemia e falará também que o governo criou o auxílio emergencial como resposta aos mais vulneráveis.

A ideia é tentar usar o discurso de que o governo tem ações na área econômica para mostrar que "não é o culpado" pela alta da inflação e do desemprego.

Outro tema que deve ser abordado nas propagandas do PL será o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família, uma das marcas do governo do ex-presidente Lula, o principal adversário de Bolsonaro na eleição.

Bolsonaro deve reforçar o aumento do valor do benefício para R$ 400, que só foi possível graças a aprovação da PEC dos precatórios, apelidada pela oposição de "PEC do calote".

Conforme mostrou o UOL, a PEC dos Precatórios ameaça criar um "esqueleto" a ser pago pelo governo a partir de 2027 de centenas de bilhões de reais.