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Fachin cita 'falhas imaginárias' contra urnas em busca de apoio estrangeiro
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O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, usou a abertura de uma sessão para embaixadores sobre o sistema eleitoral brasileiro e as Eleições 2022, nesta terça-feira (31) para criticar ilações contra as urnas eletrônicas.
"É fundamental transmitir aos governos estrangeiros as informações corretas e completas sobre o processo eleitoral que se avizinha", disse o presidente do TSE, que também é ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
Ao reforçar que não pretende baixar a guarda contra a ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro busca respaldo e apoio da comunidade internacional ao pleito de outubro.
Fachin comparou a disseminação de notícias falsas ao vírus da Covid-19 e afirmou que o "vírus da desinformação" está sendo espalhado de "maneira infundada e perversa".
"Para além da COVID-19, cumpre constatar o infeliz espraiamento de outra forma de vírus, com efeitos deletérios sobre a saúde, não das pessoas diretamente, mas da vida democrática nacional. Estou me referindo ao vírus da desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro, que, de maneira infundada e perversa, procura incessantemente denunciar riscos inexistentes e falhas imaginárias", disse o ministro.
A disputa em torno da confiabilidade das urnas eletrônicas não deve dar trégua mesmo com as falas firmes vindas do TSE. Hoje, Bolsonaro voltou a levantar dúvidas infundadas sobre o processo eleitoral no país e afirmou, em entrevista à Rádio Massa FM, que "não confia na urna eletrônica".
Bolsonaro também voltou a dizer, sem citar provas, considerar que há "indícios" de que o TSE tem uma "preocupação que nós [chapa encabeçada pelo pré-candidato à reeleição] fiscalizemos a contento a eleição".
Fachin - que não citou nominalmente Bolsonaro - rebateu os argumentos do presidente e pediu que os diplomatas busquem "informações sérias e verdadeiras sobre a tecnologia eleitoral brasileira".
"Não somente aqui no TSE, mas junto a especialistas nacionais e internacionais, de modo a contribuir para que a comunidade internacional esteja sempre alerta contra acusações levianas", declarou o ministro.
Fachin destacou ainda que o TSE tem atuado junto com o Ministério das Relações Exteriores para que missões internacionais participem de observação do processo eleitoral brasileiro e citou a confirmação de alguns órgãos, como a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Fachin disse também que, em mais 25 anos das urnas eletrônicas, não há registro de qualquer tipo de fraude e que o TSE tem o compromisso de compartilhar com os governos estrangeiros "todas as informações disponíveis na Justiça eleitoral".
"A transparência também há de ser integral. O nosso compromisso de transparência extrapola nossas fronteiras e abrange todas as nações interessadas", disse.
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