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Opinião

Ata do Copom, boas notícias de EUA e China: o que impacta os mercados hoje

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Ata do Copom e prévia da inflação não animam os mercados no Brasil. As divulgações de ontem (26) não deram espaço para que os investidores projetem um corte mais agressivo nos juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) — o que ainda repercute na Bolsa hoje. Segundo a ata, o cenário ainda inspira cautela, reforçando a serenidade e moderação que o Banco Central tem adotado. Paralelamente, rumores de que a tramitação da reforma tributária vai atrasar também vêm estressando o mercado. Sem mais indicadores importantes a serem divulgados, destaque apenas para a reunião do presidente Lula (PT) com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Futuros americanos operam em alta após acordo entre republicanos e democratas. Situação e oposição concordaram em prorrogar temporariamente o financiamento do governo até meados de novembro, eliminando o risco de paralisação iminente. Essa ameaça era uma das preocupações que pressionavam os mercados, juntamente com a expectativa de juros altos por um longo período nos Estados Unidos e a crise na China. Os investidores ainda aguardam a divulgação dos estoques de petróleo bruto, com previsão de queda de 600 mil barris.

Bolsas europeias também sobem, em meio à perspectiva de juros altos por mais tempo. Os mercados locais ainda repercutem as notícias positivas vindas dos EUA e da China, além de novos dados da Alemanha. O índice GfK de confiança do consumidor ficou em -26,5 em outubro, abaixo das expectativas do mercado.

Na Ásia, o dia foi positivo, puxado pela recuperação do lucro industrial na China. O índice Xangai Composto subiu 0,16%, o Nikkei teve alta de 0,18% no Japão e o Hang Seng avançou 0,83% em Hong Kong. Dados oficiais mostraram que o lucro industrial chinês saltou 17,2% em agosto frente ao mesmo mês de 2022, revertendo a queda de 6,7% vista em julho. Já entre janeiro e agosto, houve recuo anual de 11,7% — mais suave do que a retração de 15,5% acumulada até julho. O PBoC (Banco Central da China), por sua vez, prometeu intensificar o apoio à economia, em um momento de preocupações renovadas sobre o setor imobiliário do país e, mais especificamente, sobre a incorporadora China Evergrande, que enfrenta dificuldades para reestruturar sua dívida gigantesca.

Petróleo sobe, na medida em que investidores se concentram no aperto da oferta. Os mercados seguem receosos quanto à possibilidade de os estoques de petróleo bruto dos EUA caírem abaixo dos níveis operacionais mínimos. As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, após dados melhores do que o esperado sobre o lucro industrial no país. Mas persistem as preocupações com a demanda em meio à fraqueza no mercado imobiliário chinês, que continua sendo um obstáculo.

Neoenergia conclui contrato de permuta com a Eletronorte anunciado em 2022. Agora, a Neoenergia passa a consolidar 100% da operação da Energética Águas da Pedra - EAPSA (MT), com uma capacidade instalada total de 261 MW, e deixa de ter qualquer participação na Usina Hidrelétrica Teles Pires, na divisa entre Pará e Mato Grosso. Com relação à venda de 100% do capital social total e votante da Baguari I Geração de Energia Elétrica por R$ 453,982 milhões, a companhia informou que as condições precedentes estão sendo cumpridas, e a operação deve ser concluída no quarto trimestre de 2023.

Marisa firma parceria com Ademicon para venda de consórcios a clientes. O plano de negócio prevê a geração de receita adicional de R$ 30 milhões em comissões para a varejista nos próximos cinco anos. O anúncio é mais um movimento da Marisa no sentido de ampliar a oferta de produtos e serviços de terceiros por meio de seus canais de vendas, com foco em aumentar as receitas da companhia. A contratação do consórcio será por meio do aplicativo da Marisa e, futuramente, por meio de totens que a empresa planeja disponibilizar em suas 246 lojas.

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CCR anuncia aditivo ao contrato de concessão do VLT Carioca. Na qualidade de interveniente-anuente, está a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR). Entre os objetivos do aditivo, está a incorporação de investimentos em obras. O valor será pago via aporte público em até 30 dias úteis contados da assinatura do termo, segundo a CCR. A empresa diz que o aditivo "traduz o respeito do Grupo CCR à parceria com o município do Rio de Janeiro" e seu compromisso com o desenvolvimento da mobilidade urbana na capital fluminense.

Tupy confirma pagamento de JCP (Juros sobre Capital Próprio) em 2024. A distribuição de R$ 37,9 milhões (valor bruto de R$ 0,26295273814 por ação) será feita a partir de 26 de março de 2024, com desconto de 15% relativo ao IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte). Têm direito aos proventos os acionistas inscritos nos registros da companhia até 25 de outubro de 2023.

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Veja o fechamento de dólar, euro e Bolsa na terça-feira (26):

Dólar: +0,42%, a R$ 4,987
Euro: +0,23%, a R$ 5,272
B3 (Ibovespa): -1,49%, aos 114.193,43 pontos

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