Ibovespa: Reforma tributária e fala de Powell estão no radar
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No Brasil, os investidores acompanham nesta quinta-feira (19) as tratativas sobre a Reforma Tributária. O relator do grupo de trabalho do projeto, senador Efraim Filho (União Brasil-PB), vai apresentar seu texto na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) da casa. O mercado também monitora a nova fala de Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central), para saber se há sinal sobre o ritmo de corte da taxa Selic. No mercado externo, o conflito no Oriente Médio continua sendo acompanhado.
Nos EUA, o mercado aguarda o pronunciamento do presidente do Fed, Jerome Powell, às 13h, e de outros seis integrantes da instituição. Os futuros das bolsas americanas operam em baixa. Os rendimentos dos títulos públicos de longo prazo renovaram máximas desde 2007, em meio à perspectiva de que os juros do país permaneçam em níveis elevados por mais tempo. Entre os indicadores econômicos, serão divulgados os pedidos de auxílio-desemprego e as vendas de moradias usadas de setembro. A divulgação dos resultados das empresas também segue no radar. Na quarta-feira (17), saíram os números da Netflix, que agradaram o mercado, enquanto o resultado da Tesla desapontou.
Outro fator de atenção é a guerra no Oriente Médio, que acendeu uma luz amarela após a visita de Joe Biden no país. O presidente dos EUA tem a intenção de pedir ao Congresso um pacote "sem precedentes" para injetar recursos em Israel, com o envio de equipamentos de defesa e ajuda humanitária. Vale lembrar que o Congresso americano vive um impasse no orçamento. Recentemente, foram prorrogadas para novembro as tratativas sobre a aprovação da proposta de orçamento para o próximo ano fiscal.
Na Europa, as bolsas abriram em baixa. O resultado veio após as divulgações dos balanços decepcionantes de grandes empresas locais, como Nestlé e Renault, em um momento de maior aversão ao risco alimentado pela crise no Oriente Médio e pelas incertezas quanto à trajetória dos juros.
Na Ásia, as bolsas também fecharam em baixa. O movimento acompanhou o fraco desempenho do mercado americano no pregão de ontem, em meio às preocupações com o fragilizado setor imobiliário da China. Liderando as perdas na Ásia, o índice Hang Seng caiu 2,46% em Hong Kong, enquanto o japonês Nikkei recuperou 1,91% em Tóquio, e o Kospi registrou queda de 1,90% em Seul. Na China continental, o Xangai Composto recuou 1,74%, e o Shenzhen Composto teve queda de 1,51%. A crise no Oriente Médio também vem diminuindo o apetite por risco em todas as partes do mundo. Embora dados oficiais divulgados esta semana mostraram que a China cresceu mais do que o esperado no 3º trimestre, o setor imobiliário enfraquecido continua limitando a recuperação da 2ª maior economia do mundo.
No mercado de commodities, os preços do petróleo operam em queda. O impacto é resultado do alívio de sanções dos EUA contra a Venezuela. Além disso, investidores continuam de olho nos desdobramentos no Oriente Médio.
Vale diz que não foi notificada sobre indenização de R$ 100 bilhões contra a Samarco Mineração e suas acionistas, Vale e BHP Billiton Brasil. A informação foi divulgada na imprensa na quarta-feira. Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a empresa diz que irá apresentar seu posicionamento e defesa no processo judicial em momento oportuno. A Vale também destacou que reforça o compromisso com a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão e que os programas de reparação e compensação continuam sendo conduzidos pela Fundação Renova.
Caixa Seguridade aprovou a distribuição de dividendos, de R$ 1,5 bilhão. O valor é de R$ 0,50 por ação. Os valores serão pagos no dia 6 de novembro e terão como base a posição acionária de 24 de outubro. Assim, as ações serão negociadas "ex-dividendos" (sem direito ao provento) a partir de 25 deste mês.
Copel informou que seu programa de demissão voluntária (PDV) teve adesão de 1.437 funcionários. O custo estimado é de R$ 610 milhões referentes a indenizações e despesas adicionais. Segundo a empresa, só as indenizações já somam R$ 441 milhões, mas deve-se levar em conta os adicionais, já que cada empregado contemplado também receberá o valor da multa do FGTS, além do subsídio mensal referente ao plano de saúde e do auxílio alimentação, por um período de 12 meses. A companhia prevê economia anual de R$ 428 milhões a partir dos desligamentos, na base atual.
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Veja o fechamento de dólar, euro e Bolsa na quarta-feira (18):
Dólar: +0,381%, a R$ 5,054
Euro: +0,038%, a R$ 5,326
B3 (Ibovespa): -1,6%, aos 114.059,64 pontos
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