Ibovespa: Ata do Copom, LDO e falas de Haddad e Campos Neto são destaques
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No Brasil, as atenções do mercado se voltam para a Ata do Copom, divulgada na manhã desta terça-feira (7). No documento, os membros do BC preveem um cenário de novos cortes da taxa Selic nas próximas reuniões. A taxa de juros está em 12,25% ao ano. No entanto, a instituição ressaltou que há incerteza sobre a capacidade do governo de cumprir as metas fiscais, o que amplia riscos. Investidores também acompanham a fala de Roberto Campos Neto, presidente do BC, ainda pela manhã, e a de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, às 11h20.
Na esfera política, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve analisar o texto da reforma tributária. A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) de 2024 também deve ser analisada por uma comissão mista no Congresso. Além disso, os resultados corporativos serão relevantes hoje — o mercado repercute os balanços de empresas importantes como Itaú, Gerdau e Engie, que divulgaram ontem os números do terceiro trimestre. Por fim, apesar do aumento das taxas dos DIs futuros ontem, o Ibovespa seguiu o movimento positivo dos últimos dias.
Nos EUA, os futuros dos principais índices das bolsas americanas apresentam leve queda. Para hoje, o mercado deve acompanhar os dados sobre a balança comercial dos EUA, além dos discursos de membros do FED ao longo da tarde. Apesar das taxas dos títulos públicos de 10 e 30 anos dos EUA terem devolvido ontem parte da queda da última semana, o S&P 500 conseguiu seguir seu rally de alta, fechando seu 6º dia seguido no positivo. O mercado atualmente possui uma visão mais positiva sobre o ciclo de aperto monetário nos EUA, acreditando os juros no país tenham chegado ao topo, o que renovou o apetite dos investidores por ativos de risco.
Na Europa, as bolsas operam no terreno negativo. Na Alemanha, a produção industrial caiu 1,4% em setembro, abaixo das estimativas da Bloomberg de queda 0,4%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice apresentou queda de 3,86%. Na zona euro, o índice de preço ao produtor (PPI) cresceu 0,5% em setembro, em linha com as estimativas da Bloomberg. No acumulado dos últimos doze meses, o índice apresentou queda de 12,4%. O número da produção industrial na Alemanha e os dados fracos de exportação na China pesam sobre os mercados europeus no início da manhã.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em queda. Em Tóquio, o Nikkei apresentou desvalorização de 1,34%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,65%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi apresentou desvalorização de 2,33%. Na China continental, o Shangai Composto fechou em queda de 0,04%, e o Shenzen Composto subiu 0,17%. O desempenho negativo dos mercados asiáticos veio após os dados da balança comercial da China. As exportações caíram 6,4% em outubro na comparação anual, uma redução maior que as estimativas da Bloomberg de queda de 2,9%. As importações, no entanto, cresceram 3% na comparação anual, acima das estimativas de Bloomberg de queda de 4,5%. Entre os dois dados, a queda da exportação prevaleceu, aumentando as preocupações sobre o ritmo da retomada da economia chinesa.
O petróleo opera em queda no início da manhã. A commodity repercute os dados sobre a balança comercial da China e as preocupações com a economia do país. Os números também pesaram sobre o minério de ferro, que apresentou queda em Dalian.
O Itaú apresentou uma margem financeira de R$ 26,2 bilhões no terceiro trimestre. O valor apresenta um crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado recorrente gerencial foi de R$ 9 bilhões no período, um crescimento de 11,9% em relação ao terceiro trimestre de 2022. A carteira de crédito do banco atingiu R$ 1,16 trilhão, um aumento de 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os índices de inadimplência se mantiveram estáveis na comparação com o trimestre anterior.
A Gerdau apresentou uma receita de R$ 17,1 bilhões no terceiro trimestre. O número apresenta uma queda de 19,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido no período foi de R$ 1,59 bilhão, uma redução de 47% em relação ao terceiro trimestre de 2022. A companhia citou a redução do volume vendido, a queda do dólar e a maior importação de aço como os principais responsáveis pela piora do resultado no trimestre.
A Engie apresentou uma receita líquida de R$ 2,5 bilhões no terceiro trimestre de 2023, uma queda de 8,5% na comparação anual. O lucro líquido da companhia totalizou no trimestre R$ 867 milhões, um crescimento de 18,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda da receita foi proveniente principalmente das reduções de quantidade de energia vendida e do preço médio líquido de venda. O crescimento do lucro, por outro lado, é explicado principalmente pela redução dos custos de construção no segmento de transmissão, maior remuneração dos ativos de concessão de transmissão e pelo maior resultado de participação societária na TAG.
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Veja o fechamento de dólar, euro e Bolsa na segunda-feira (6):
Dólar: -0,172%, a R$ 4,8874
Euro: -0,19%, a R$ 5,241
B3 (Ibovespa): 0,23%, aos 118.431,25 pontos
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