Choque tarifário entre China e EUA pressiona mercados
Bom dia, investidor,
Veja os destaques desta sexta (11):
- Guerra comercial se intensifica: China sobe tarifas para 125%
- IBGE divulga IPCA de março: foco na inflação dos alimentos
- IBC-Br de fevereiro: expectativa de manutenção do ritmo econômico
Guerra comercial se intensifica: China sobe tarifas para 125%
- A tensão entre as duas maiores economias do mundo ganhou um novo capítulo nesta sexta (11). A China anunciou que, a partir de sábado (12), as tarifas sobre produtos americanos subirão de 84% para 125%. A medida responde ao aumento promovido ontem (10) pelo presidente Donald Trump, que elevou as tarifas sobre produtos chineses para 145%.
- O presidente Xi Jinping afirmou que "não há vencedor numa guerra de tarifas" e alertou que ações unilaterais podem levar ao isolamento. A declaração foi feita durante um encontro com o primeiro-ministro da Espanha em Pequim.
- A retórica mais agressiva e as novas medidas protecionistas causaram aversão ao risco nos mercados asiáticos. A Bolsa de Tóquio, por exemplo, caiu 2,96% nesta sexta. A tensão comercial reacende preocupações sobre o impacto nas cadeias globais de produção e no crescimento da economia mundial.
IBGE divulga IPCA de março: foco na inflação dos alimentos
- No Brasil, o destaque é a divulgação do IPCA de março. O indicador é o principal termômetro da inflação oficial e será determinante para os próximos passos da política monetária. A expectativa do mercado é de desaceleração em relação a fevereiro, quando o índice avançou 1,31%.
- A prévia da inflação, o IPCA-15, veio em 0,64%, o que reforça a projeção de um índice mais comportado em março. No entanto, a inflação acumulada continua acima do centro da meta do Banco Central, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
- O grupo "Alimentação e bebidas" continua sendo o vilão da inflação, com alta de 1,09% no IPCA-15 de março, pressionando o orçamento das famílias e afetando especialmente os consumidores de baixa renda.
IBC-Br de fevereiro: expectativa de manutenção do ritmo econômico
- Outro dado importante do dia é o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma prévia mensal do PIB. Em janeiro, o indicador teve alta de 0,9%, o maior avanço desde junho de 2024. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,6%, e o acumulado em 12 meses está em 3,8%.
- O resultado de fevereiro pode confirmar a continuidade da recuperação econômica brasileira, apoiada no desempenho do setor de serviços e da agropecuária.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na quinta (10):
- Dólar: 0,92%, a R$ 5,899.
- B3 (Ibovespa): -1,13%, aos 126.354,75 pontos.
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