Dólar sobe a R$ 3,86 e Bolsa tem pior semana desde delação da JBS
Do UOL, em São Paulo
10/08/2018 17h14Atualizada em 10/08/2018 19h14
O dólar comercial e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tiveram a pior semana desde 19 de maio de 2017, quando veio à tona a delação da JBS envolvendo o presidente Michel Temer.
O dólar comercial fechou esta sexta-feira (10) em alta de 1,59%, cotado a R$ 3,864 na venda, após ter subido 1% na véspera. É o maior valor de fechamento desde 16 de julho, quando valia R$ 3,865. Na semana, o dólar acumulou valorização de 4,23%, a maior desde 19 de maio de 2017 (+4,26%).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 2,86%, a 76.514,35 pontos, na quinta baixa seguida. Foi a maior queda percentual diária desde 7 de junho (-2,98%). Na véspera, o índice caiu 0,48%. Com isso, a Bolsa acumulou perda de 6,04% na semana, a maior desvalorização semanal desde 19 de maio de 2017 (-8,18%).
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Ações em queda
Entre as maiores quedas do dia, as ações da B2W, dona dos sites Americanas.com e Submarino, despencaram 9%, após a empresa divulgar resultados do segundo trimestre. Os papéis da Usiminas perderam 7,27%, após uma explosão deixar feridos e paralisar as atividades de uma siderúrgica da empresa em Ipatinga (MG).
As ações do Banco do Brasil (-5,51%), do Bradesco (-4,98%), da Petrobras (-3,69%), do Itaú Unibanco (-3,63%) e da mineradora Vale (-0,25%) também registraram baixa. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Tensões entre EUA e Turquia
Investidores acompanhavam a situação da Turquia, que enfrenta sanções dos Estados Unidos. Nesta sexta, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu para que a população trocasse dólares, euros e ouro por liras turcas para defender a moeda do país.
Em resposta, o governo norte-americano autorizou que o Departamento de Comércio dobrasse as tarifas sobre aço e alumínio importados da Turquia, o que agravou a crise cambial vivida pela lira turca.
A cautela em relação ao mercado externo acabou deixando em segundo plano, momentaneamente, a cena eleitoral brasileira depois da realização do primeiro debate dos candidatos à Presidência na noite passada.
(Com Reuters)