Dólar tem maior queda semanal desde março de 2016 e fecha valendo R$ 3,857
Do UOL, em São Paulo
05/10/2018 17h17Atualizada em 05/10/2018 17h42
Na última sessão antes das eleições, o dólar comercial fechou esta sexta-feira (5) em baixa de 1%, cotado a R$ 3,857 na venda, após subir 0,22% na véspera. É o menor valor de fechamento em quase dois meses: em 9 de agosto, o dólar valia R$ 3,803.
Com isso, a moeda norte-americana termina a semana com desvalorização acumulada de 4,46%, na maior queda semanal desde 11 de março de 2016, quando a moeda perdeu 4,51%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,76%, a 82.321,52 pontos. É o segundo recuo seguido da Bolsa, que caiu 0,38% na véspera. Apesar dessa queda, o índice acumulou valorização de 3,75% na semana.
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Vale e Petrobras caem
Entre os destaques da Bolsa, as ações da mineradora Vale (-2,23%), do Bradesco (-1,49%), da Petrobras (-0,37%), do Itaú Unibanco (-0,34%) e da Embraer (-3,47%) caíram.
Por outro lado, os papéis do Banco do Brasil subiram 1,77%, e os da Cemig dispararam 7,45%, na maior alta do dia no Ibovespa.
Reta final das eleições
A última sessão antes do primeiro turno das eleições foi influenciada por expectativas sobre quem será o novo presidente do país.
Pesquisa Datafolha divulgada na noite de quinta-feira (4) mostrou Jair Bolsonaro (PSL) com 35% das intenções de voto, contra 22% de Fernando Haddad (PT). Antes, a vantagem do candidato do PSL era de 32% a 21%.
Em um eventual segundo turno com os dois, Bolsonaro aparece com 44%, enquanto o petista soma 43%, empatados tecnicamente. Na pesquisa de terça-feira do Datafolha, Bolsonaro estava com 44% contra 42% de Haddad.
O mercado prefere candidatos com viés mais reformista e entende que aqueles com agenda mais à esquerda não se enquadram nesse perfil. Assim, reage positivamente à possibilidade de vitória de Bolsonaro, principalmente pelas ideias de seu assessor econômico Paulo Guedes.
Resultados de pesquisas, notícias sobre candidatos e boatos deixam o mercado financeiro agitado, favorecendo a especulação na Bolsa de Valores e no câmbio.
(Com Reuters)