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Dólar fecha estável em R$ 4,90, à espera de inflação dos EUA; Bolsa sobe

Moeda americana ainda acumula perdas de 2,81% frente ao real no mês Imagem: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL*, em São Paulo

27/11/2023 17h21Atualizada em 27/11/2023 18h14

O dólar ficou praticamente estável, com leve alta de 0,03%, e fechou o dia vendido a R$ 4,90. Mesmo com o desempenho de hoje, a moeda americana ainda acumula perdas de 2,81% frente ao real no mês.

Já o Ibovespa subiu 0,17% e chegou aos 125.731,45 pontos. Só em novembro, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) saltou 11,13% — seu melhor mês em 2023.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Mercado espera por dados de inflação dos EUA. Há expectativa pelo PCE de outubro, o índice de preços para gastos de consumo pessoal, que será divulgado na quinta-feira (30). O dado é importante para o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) e pode dar alguma sinalização aos investidores sobre o futuro dos juros nos Estados Unidos.

No Brasil, destaque para o Boletim Focus, que prevê inflação menor. Pela terceira semana seguida, o mercado financeiro reduziu a estimativa para o IPCA de 2023, que agora passou de 4,55% para 4,53%. Amanhã (28) ainda saem os números da prévia da inflação de novembro, medida pelo IPCA-15.

Julgamento sobre precatórios no STF também está no radar. Mais cedo, o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para autorizar o governo a quitar R$ 95 bilhões em precatórios ainda em 2023. Por ora, o julgamento está suspenso, devido ao pedido de vista do ministro André Mendonça. A votação é acompanhada de perto pelo Ministério da Fazenda, uma vez que afeta diretamente as contas públicas.

Os dados de inflação [PCE] na quinta [30] serão um teste mais significativo para saber se a tendência de desinflação permanece, apesar da força do mercado de trabalho e das preocupações dos consumidores sobre a inflação [nos EUA].
Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury

A forte reação dos setores mais sensíveis às variações dos juros futuros mantiveram o Ibovespa no positivo. Além disso, o Boletim Focus divulgado pelo BC trouxe uma expectativa menor para o IPCA no final de 2023. Sem dúvidas, é um fator interno que corrobora com a alta do varejo como um todo e do setor de tecnologia hoje.
Anderson Silva, sócio da GT Capital

(*Com Agência Brasil e Reuters)

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