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Dólar cai a R$ 4,937 antes de BC cortar juros para 11,25%; Bolsa sobe

Moeda americana termina janeiro com valorização acumulada de 1,75% em relação ao real Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

Do UOL*, em São Paulo

31/01/2024 17h21Atualizada em 31/01/2024 19h00

Após dois dias de estabilidade, o dólar caiu 0,16% e fechou a quarta-feira (31) vendido a R$ 4,937. Mesmo com o desempenho de hoje, a moeda americana termina o mês com valorização acumulada de 1,75% frente ao real.

Já o Ibovespa subiu 0,28% e chegou aos 127.752,28 pontos, interrompendo uma sequência de duas quedas consecutivas. Em janeiro, porém, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) recuou 4,79% — o pior resultado mensal desde agosto de 2023 (-5,09%).

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O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Banco Central reduziu juros básicos de 11,75% para 11,25% ao ano. Com o novo corte — o quinto consecutivo —, a Selic chega ao menor patamar desde março de 2022 (10,75% ao ano). Em comunicado, o Copom (Comitê de Política Monetária) informou que a decisão foi unânime e antecipou que pode anunciar uma nova redução de 0,5 ponto percentual na próxima reunião, em março.

Nos EUA, BC manteve juros entre 5,25% e 5,5% ao ano. O comunicado do Fed (Federal Reserve) também não deu qualquer indício de que um corte nos juros é iminente, reforçando que o comitê que define a política monetária (FOMC, na sigla em inglês) ainda requer mais comprovações de que a inflação "está se movendo de forma sustentável" em direção à meta de 2%.

Mercado aposta em queda de juros nos EUA a partir de maio. Até o final do ano passado, a maioria das previsões para um primeiro corte estava concentrada em março — possibilidade que ficou ainda mais remota, na visão dos investidores, após o comunicado de hoje do Fed.

Juros menores nos EUA costumam beneficiar o real e a Bolsa. Isso acontece porque, com juros elevados, os investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa americano, considerado muito seguro. Por outro lado, sinais de que o Fed vai começar a reduzir os juros em breve tendem a impulsionar moedas mais arriscadas, porém mais rentáveis, como o real.

O conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo Copom. A inflação cheia ao consumidor, conforme esperado, manteve trajetória de desinflação, assim como as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes.
Trecho de nota do Copom sobre o corte na Selic

A inflação diminuiu no último ano, mas continua elevada. (...) Ao considerar quaisquer ajustes na faixa da taxa de juros, o Comitê avaliará cuidadosamente os dados que estão chegando, a evolução das perspectivas e o equilíbrio dos riscos.
Trecho de comunicado do Fed, o Banco Central dos EUA

(*Com Reuters)

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