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Dólar sobe pelo 2º dia, a R$ 5,09, o maior valor em 6 meses; Bolsa cai

Em 2024, a moeda americana acumula alta de 4,89%; já o principal índice da B3 tem queda de 5,06% Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

Do UOL, em São Paulo

11/04/2024 17h25Atualizada em 11/04/2024 17h33

O dólar subiu 0,25% e fechou o dia vendido a R$ 5,09, na segunda sessão seguida de alta frente ao real. É o maior valor em seis meses, desde 11 de outubro de 2023, quando a moeda americana chegou a R$ 5,098. O dólar agora acumula ganhos de 4,89% em 2024.

Já o Ibovespa emendou sua segunda queda consecutiva, esta de 0,51%, e chegou aos 127.396,35 pontos. No ano, o principal índice da B3 recuou 5,06%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Preços ao produtor nos EUA subiram menos do que o esperado. O índice PPI avançou 0,2% em março ante fevereiro — abaixo da expectativa de aumento de 0,3%, segundo economistas consultados pela Reuters. A alta anual foi de 2,1%, contra projeção de 2,2%. Na véspera, dados da inflação ao consumidor já haviam mostrado alta de 0,4% no mês passado, um pouco acima do esperado (0,3%).

Números enfraquecem apostas de corte dos juros em junho. Há a percepção de que, com a inflação ainda elevada nos EUA, o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) deve adiar o início do corte de juros para julho ou setembro. Este cenário beneficia o dólar, que se torna mais atraente para investidores estrangeiros, e penaliza moedas de países emergentes, como o real.

Dados do varejo no Brasil também surpreenderam, mas para cima. As vendas do varejo ampliado — que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício — subiram 1,2% em fevereiro ante janeiro. O resultado veio bem acima da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam queda de 0,9% no mês.

Mercado ainda monitora desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. Circularam notícias de que o Irã teria desistido de uma ofensiva contra Israel nos últimos minutos, embora ainda cogite um ataque em retaliação ao bombardeio contra o consulado iraniano em Damasco. Além disso, a companhia aérea alemã Lufthansa suspendeu voos na região de Teerã, devido ao aumento das tensões na região.

Com a inflação [dos EUA] apresentando piora, a expectativa do mercado de início do corte de juros pelo Fed [Federal Reserve] em junho diminui, o que impacta diretamente os ativos de risco pelo mundo.
Genial Investimentos, em nota a clientes

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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