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Cafeteria com área para adotar gatos tem 2 unidades e fatura R$ 2,5 milhões

Giovanna Molinaro é dona do Gato Café, que tem duas unidades no Rio Imagem: Divulgação

Claudia Varella

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/03/2024 04h00

Foi durante uma viagem ao Japão, em 2019, que Giovanna Molinaro, 29, conheceu o conceito do "cat café": local que une cafeteria e espaço para interação com gatos. Apaixonada por felinos, ela abriu em 2020 o Gato Café, em um casarão antigo no bairro de Botafogo, no Rio. Hoje, a empresa tem duas unidades em funcionamento e faturou R$ 2,5 milhões em 2023. Mais de 520 gatinhos já foram para um lar. No ano passado, o negócio foi formatado em franquias. A meta é abrir quatro novas unidades franqueadas no Rio e dobrar o faturamento, para R$ 5 milhões, em 2024.

Os gatos dela são mascotes da marca

Em 2019, Giovanna viajou de férias do Japão, onde conheceu o conceito do cat café. Ela voltou de viagem com a ideia de ter algo similar aqui no Brasil. Na época, Giovanna, que é arquiteta, trabalhava como analista de cenários na TV Globo.

Ela diz que o café japonês trabalhava apenas com gatos de raça. "Isso não fazia muito sentido para mim. Mesmo assim, o conceito me encantou, mas adaptei o nosso negócio aqui para ajudar os gatos resgatados das ruas a encontrar uma família. Afinal, era impossível ver um gatinho na rua e saber que tínhamos a solução para ajudá-lo", declara.

Todos os gatos das lojas estão para adoção. Cada unidade tem de 10 a 15 animais.

Giovanna sempre foi apaixonada por gatos. Tem três bichanos: King, Malala e Mia. Os três, além de Calvin, morto em março, são mascotes da marca. Todos foram adotados; Malala e Mia foram adotadas nas unidades do Gato Café.

Gato Café tem unidades em Botafogo e na Barra

Giovanna e sua mãe, Branca Molinaro, são sócias no negócio Imagem: Divulgação

O Gato Café tem duas unidades em funcionamento. A de Botafogo foi aberta em 2020, e a da Barra da Tijuca, em 2021. Os locais foram projetados pela própria Giovanna, e o investimento inicial foi de R$ 200 mil.

Giovanna e sua mãe, Branca Molinaro, 57, são sócias no negócio. A filha é responsável pela administração da empresa, e Branca, que é veterinária, cuida da parte relacionada aos gatos.

Em cada unidade, há cafeteria, lojinha com produtos próprios e área dos gatos. Na loja, são vendidos itens como canecas, cadernos, bottons, blusas e almofadas, todos especialmente desenvolvidos para os gateiros. A empresa vende os produtos também em sua loja online.

O Gato Café promove ainda eventos e festas de aniversário temáticas. O CatYoga (a prática da ioga junto com os gatos) acontece uma vez por mês em cada loja e custa R$ 80 a hora.

Todo o espaço é temático de gatinhos, inclusive o cardápio. Os itens mais vendidos são o Waffle Gato (a partir de R$ 31,50) e o Catpuccino (R$ 13,80). Há também o Biscoito Gato (R$ 10), que tem o desenho de um gato, e a Torrada Gatópolis (R$ 19,90), no formato do felino. Outro produto vendido na loja é o Patolito, um snack especial para os gatinhos (R$ 10). O ticket médio fica entre R$ 70 e R$ 80.

Em 2023, a empresa faturou R$ 2,5 milhões. O lucro foi de 10%.

Como adotar um gatinho lá

A área dos gatos foi projetada especialmente para eles. Há parquinho, tocas, arranhadores e caminhas. Um funcionário fica sempre no local para cuidar dos pets e receber os clientes que desejam interagir com os bichanos.

Os gatos resgatados das ruas moram no Gato Café. "A gente diz que o Gato Café é o lar temporário deles, mas com grande visibilidade", afirma Giovanna. O local tem parcerias com instituições de resgate de cães e gatos, que fazem os resgates e tratam de todo o processo de adoção.

Os clientes podem conviver com os gatos enquanto tomam aquele cafezinho e até adotar um animal de estimação.
Giovanna Molinaro, dona do Gato Café

O primeiro passo é preencher o formulário de adoção na hora. A partir daí, quem segue com todo o processo são as ONGs parceiras.

De 2020 até agora, mais de 520 gatos já foram adotados. Nas lojas, há uma parede com fotos de todos os adotados. Mas houve devoluções. "Infelizmente, nós temos uma porcentagem de devolução pequena, mas isso acontece, sim", diz.

Para interagir com os gatos, o cliente paga uma taxa de R$ 10 (15 minutos). O valor vai aumentando com o tempo. O dinheiro é usado para manter o local. O cliente pode tirar fotos na polaroid com os bichos e levar como recordação. Custa R$ 15.

Marca formatou o negócio para franquia

Em novembro de 2023, a empresa lançou franquias da marca. São dois modelos de negócio: loja to go, sem espaço de mesas, e loja de rua, com investimento de R$ 200 mil e R$ 400 mil, respectivamente.

As lojas franqueadas também terão uma ONG parceira. "Essas instituições serão homologadas por nós, para termos certeza de que até os gatinhos vão manter o mesmo padrão de saúde e cuidados", afirma.

A primeira fase de expansão vai focar no Rio. Depois, a meta é expandir para outros estados do Sudeste.

Queremos manter a experiência exatamente igual às unidades próprias do Gato Café. Por isso, criamos procedimentos e padronizações em todas as etapas da loja e também uma cozinha própria para manter as comidinhas temáticas exatamente iguais.
Giovanna Molinaro, dona do Gato Café

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