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Pai, filha e chef lançam costela bovina 'na lata' já pronta para consumo

A costela bovina da Costelata já vem pronta para o consumo Imagem: Divulgação

Claudia Varella

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/05/2024 04h00

Foi durante um churrasco na casa de um amigo em comum, em 2019, que o empresário Fernando Fernandes, 50, conheceu o chef Charles Chiapetti, que já vinha pesquisando a costela na lata desde 2013. Um ano depois, em 2020, Fernandes decidiu investir no negócio. A marca Costelata foi lançada em janeiro deste ano no mercado. O produto já vem pronto para o consumo. O valor investido não foi revelado.

O forte da Costelata é a sua tecnologia, que conseguiu conservar a proteína bovina em uma lata ou pouch [saquinho com embalagem a vácuo], sem conservantes químicos.
Fernando Fernandes, empresário

Costela custa de R$ 45 a R$ 160

A linha da Costelata está sendo vendida em dois formatos e tamanhos. Na lata, a costela vem em cubos. Custa de R$ 45 (400g) a R$ 80 (800g). Na embalagem tipo pouch, a costela vem no formato de steak, sem ossos. O preço vai de R$ 90 (400g) a R$ 160 (800g). Os preços citados são do e-commerce da marca.

Os produtos já vêm prontos para consumo. Basta aquecer na churrasqueira, microondas, forno convencional ou AirFryer. O modo de preparo está no site da empresa.

A ideia da costela na lata veio do chef Charles Chiapetti, profissional que atuou na churrascaria Porcão Rio. O produto demorou sete anos para ser desenvolvido.

Fernando e sua filha Isabella foram os investidores no projeto, mas não revelam quanto aportaram na ideia. "Esta é a inovação trazida pela nossa empresa ao mercado, e guardamos esse segredo a sete chaves", afirma Fernandes. Pai e filha são sócios na empresa.

Pai e filha não eram do ramo de alimentação. Formada em moda, Isabella era dona da BMF Store (marca de roupas) e co-fundadora da Rio Joalheria. Já Fernandes é advogado e sócio da Fernando Fernandes Advogados e Tristão Fernandes Advogados, ambos no Rio. "Escolhemos a costela pela nossa paixão pelo corte, porque é uma carne difícil, nobre, de demorada preparação", afirma Fernandes.

Para viabilizar a produção da costela em lata, Fernandes comprou a fábrica da Deli 43, em Itaipava, distrito de Petrópolis (RJ). Fundada em 1999, a Deli 43 já era uma charcutaria artesanal. "Na Deli 43, implementamos a área de costela e outras carnes também defumadas, além da charcutaria", disse Fernandes. Charcutaria é o ramo da indústria alimentícia dedicado ao preparo e venda de produtos de carne de porco curada, como bacon, presunto e salsichas, entre outros.

O produto pode ser mantido fora da refrigeração por até seis meses. "Já fizemos testes que mostram conservação por dois anos sem conservantes químicos, o que deve ser certificado em breve", diz Fernandes.

A empresa tem também uma linha especial para restaurantes de costelas inteiras prontas e desfiadas. Este ano, a empresa vai lançar hambúrguer 100% de costela e o cupim. Ambos terão duas versões: in natura e em pouch.

A empresa não divulga faturamento nem lucro mensal.

Produção vai aumentar, mas produto ainda está em poucas lojas

A capacidade de produção da costela na lata é de 6 toneladas por mês, na fábrica em Itaipava. A previsão é em junho transferir a fabricação da Costelata para a nova planta fabril em Três Rios (RJ), e a capacidade de produção será ampliada para 6 toneladas por dia.

Há poucos locais de venda. Além do e-commerce da marca, a Costelata pode ser encontrada em alguns supermercados e empórios do Rio. Em maio, o produto também será vendido no Empório São Paulo, na capital paulista.

A empresa recebeu o Selo Arte, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em abril. No site do Mapa, consta que o Selo Arte é um "certificado de identidade e qualidade, que possibilita o comércio nacional de produtos alimentícios elaborados de forma artesanal".

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