Restaurante de risoto conquista mercado de refeições corporativas

Quando Dona Cenira Gusso preparava seu famoso risoto de frango e o Sr. Carlos Antônio Gusso servia para as pessoas na Sociedade Cinco de Julho, no bairro do Xaxim, em Curitiba (PR), no início da década de 1950, não imaginavam que estavam começando um negócio de restaurantes de refeições corporativas.

No ano passado, o grupo faturou R$ 643 milhões. Para 2024, a empresa espera um crescimento de 10% e tem como meta chegar a R$ 1 bilhão até 2027.

A história do grupo

Construção restaurante Risotolândia
Construção restaurante Risotolândia Imagem: Divulgação

Risoto com frango assado. O pequeno Restaurante Risoto do Xaxim, fundado alguns anos depois, em 1953, que servia risoto de galinha caipira, com frango assado, polenta, salada e, às vezes, macarrão, virou o Grupo Risotolândia e deu lugar ao brasileiríssimo arroz com feijão presentes na maioria das mais de 550 mil refeições diárias servidas pela companhia hoje em dia.

Merenda e refeição corporativa. Atualmente, comandado pela terceira geração da família, o grupo serve merenda para escolas da rede pública e particular e refeições para a indústria e hospitais.

Receita da Dona Cenira. Carlos Humberto de Souza, CEO da Risotolândia, diz que, a grande quantidade de comida produzida pelas empresas do grupo não tirou a essência do prato saboroso e quentinho da dona Cenira.

São usadas toneladas de produtos. Por mês, o grupo produz 380 toneladas de arroz, 210 toneladas de feijão e 60 toneladas por dia de proteínas como carne, queijos e frios.

Do prato de risoto com gostinho caseiro, preparado pelas mãos da Dona Cenira, nossas refeições mantêm o tempero, a qualidade dos ingredientes e o carinho com o qual servimos as pessoas, seja nos restaurantes, hospitais ou nas escolas.
Carlos Humberto de Souza, CEO da Risotolândia

Carlos Humberto de Souza, CEO da Risotolândia
Carlos Humberto de Souza, CEO da Risotolândia Imagem: Divulgação

Laço familiar não garante cargo. Souza é marido da Sandra, uma das filhas do casal. São quatro irmãos: além de Sandra, tem Priscila, Luis Felipe e Carlos Henrique. Luis Felipe é vice-presidente da companhia e os outros seguiram outros caminhos. Embora tenha integrantes da família na direção, a empresa vem investindo na governança corporativa com um conselho consultivo composto por dois membros da família e três membros de fora da organização.

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Outros integrantes da família também trabalham na empresa, mas não em cargos da diretoria. A quarta geração está se preparando para assumir, mas a família está em harmonia com os executivos profissionais. Existe uma governança e os executivos são contratados pelo seu currículo.
Carlos Humberto de Souza, CEO da Risotolândia

Áreas de atuação

O grupo tem quatro braços de atuação na área de alimentação:

? Risotolândia Serviços Inteligentes de Alimentação, que atende escolas públicas do Paraná e Santa Catarina;
? Risotolândia Restaurantes Corporativos, que prepara alimentação para indústrias e hospitais dentro da instalação dos clientes;
? It's Cool, que atende escolas particulares; e
? Eats Good, de comidas prontas e congeladas comercializadas nas redes de supermercados.

O grupo ainda tem outras empresas em mais dois segmentos:

? Campodoro, de transporte e Logística; e
? R. Facilities, de terceirização de mão de obra.

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86% dos funcionários são mulheres. Atualmente o grupo conta com 5.300 funcionários no regime CLT (com registro em carteira). Desses, 86% são mulheres.

Atuação em sete estados. A Risotolândia atua no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul (único da região centro-oeste do país). Juntos, atendem 300 cidades. "Por enquanto focamos nossa atuação nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste. Devemos intensificar nossa presença em Minas, último estado que chegamos. Temos muito mercado ainda para ganhar nesses estados, antes de pensar na expansão para todo o país", afirma Souza.

De olho no ramo hospitalar. O CEO vê potencial de crescimento principalmente no ramo hospitalar. "Muitos hospitais nesses estados ainda atuam com cozinha própria. É a nossa oportunidade conquistar esta fatia do mercado."

Produção de refeições corporativas começou há 46 anos. Souza lembra a primeira produção de refeição coletiva ocorreu em 1978, quando a empresa fechou contrato para atender os funcionários de uma indústria: a Labra.

Na época, eram feitas 90 refeições por dia. Três anos depois, já com sua cozinha industrial em Araucária (PR), a produção
subiu para 3 mil refeições diárias, passando para 16.500 cinco anos depois.

Expansão para escolas e outros estados. Em 1992, a Risotolândia fez sua estreia na produção de refeições escolares e, em 2004, iniciou sua expansão interestadual, para Santa Catarina. Depois vieram as escolas particulares, a expansão para outros estados, o ingresso em hospitais até chegar ao conglomerado que formou atualmente.

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No ano passado, o Grupo Risotolândia faturou R$ 643 milhões. Para 2024, a empresa espera um crescimento de 10% e tem como meta chegar a R$ 1 bilhão até 2027.

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