Candidato blefador pode ser desmascarado na entrevista; veja as mentiras mais usadas
Pense duas vezes antes de blefar em entrevistas de emprego e processos seletivos, pois os selecionadores estão preparados para desmascará-lo rapidamente e isso certamente irá prejudicar a sua carreira.
“Utilizando esses artifícios, os candidatos não saem bem. Um recrutador mais atento ou experiente consegue perceber quando o profissional não é honesto em suas respostas. Muitas vezes, as respostas às mesmas perguntas variam ligeiramente e o entrevistado se perde em algum detalhe sobre um projeto, habilidades ou competências profissionais que está relatando", afirma Andreza Santana, gerente sênior do Monster Brasil.
De acordo com o especialista em recursos humanos, Luiz Eduardo Pagnez, dizer que possui inglês fluente quando, na verdade, não tem, é a mentira mais utilizada pelos candidatos em processos seletivos e entrevistas de emprego.
“Muitos acham que o velho 'the book is on the table' servirá para algo em uma seleção de emprego. Se a vaga exige inglês fluente, o recrutador fará algum teste e o candidato pode ‘queimar o filme’ se descobrirem que ele supervalorizou aquele cursinho de inglês de seis meses que fez há cinco anos”.
Insegurança e despreparo
Andreza explica que a mentira em processos seletivos de emprego está associada muitas vezes à insegurança ou ao despreparo do profissional. “Os candidatos têm ideias pré-concebidas do que os recrutadores esperam ouvir. Com o nervosismo, acabam mentindo por achar que irão causar uma melhor impressão".
E se dizem que mentira tem perna curta, com as redes sociais elas perderam mais alguns centímetros, pois o histórico de atividades não se perde. "Um recrutador pode fazer uma simples busca e analisar o perfil do candidato, compará-lo com as informações passadas na entrevista de emprego e procurar referências nas redes", conclui a gerente.
Consequências
Para Andrezza, há impactos negativos quando se desmascara um mentiroso e mesmo sendo o profissional melhor qualificado, poderá ser descartado da seleção, pois a impressão registrada pelo recrutador é de que a pessoa não é confiável.
“Se ele mente em um processo seletivo, existem grandes chances de cometer o mesmo erro se for contratado. Mentirá de novo sobre seu desempenho, sobre relatórios mensais ou em reuniões de trabalho com parceiros, clientes ou fornecedores. Certamente não é um risco que um profissional de RH quer correr”.
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