Desemprego sobe a 6,7%, maior taxa para maio desde 2010, diz IBGE
O desemprego chegou a 6,7% em maio, a maior taxa para o mês desde 2010, quando tinha alcançado 7,5%. A taxa teve leve alta em relação a abril deste ano, quando foi de 6,4%, resultado considerado estável pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na comparação com maio do ano passado (4,9%), o desemprego aumentou 1,8 ponto percentual.
Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (25) e fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego). A PME é baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Nº de desempregados sobe 38,5% em um ano
Em maio, o número de desempregados foi estimado em 1,6 milhão. O resultado é estável na comparação com abril, mas teve um aumento de 38,5% na comparação com maio de 2014.
Para o levantamento, o IBGE não considera como desempregadas as pessoas que não trabalham nem procuraram emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa.
O número de trabalhadores e a população não economicamente ativa (pessoas que não trabalham, como crianças e aposentados, por exemplo) permaneceram estáveis.
Emprego com carteira assinada cai 1,8% em um ano
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi estimado em 11,5 milhões, queda de 1,8% em comparação com maio de 2014, o que corresponde a 213 mil empregos com carteira a menos.
Em relação a abril, o número permaneceu estável, na avaliação do IBGE.
Rendimento médio cai 3% em SP no mês
O rendimento médio real (corrigido pela inflação) caiu 1,9% na comparação com abril, passando de R$ 2.158,74 para R$ 2.117,10. Na comparação com maio do ano passado, a queda foi maior: de 5%.
Das seis regiões pesquisadas, cinco tiveram queda no rendimento médio no mês: São Paulo (-3%), Belo Horizonte (-2,9%), Salvador (-2,1%), Recife (-1%) e Rio de Janeiro (-0,8%).
Porto Alegre teve alta de 1%.
Na comparação com maio do ano passado, o rendimento caiu em todas as regiões analisadas.
Maio teve maior corte de vagas em duas décadas
Na semana passada, o Ministério do Trabalho divulgou que 115.599 vagas de trabalho com carteira assinada foram fechadas. Foi o pior resultado para um mês de maio desde 1992. Desde aquele ano, o país não tinha registrado mais demissões do que contratações em maio.
IBGE tem duas pesquisas de emprego
Em 2015, o IBGE está divulgando mensalmente duas pesquisas com dados sobre emprego. Além da PME, também faz a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Mensal.
Essa segunda é mais abrangente, com dados de 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios. Ela também é diferente porque usa informações de três meses, e não apenas um, como a PME.
Na última Pnad Contínua Mensal divulgada, com dados do trimestre que terminou em abril, o desemprego registrado foi de 8%.
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