Emprego na indústria cai 9 meses e tem maior redução desde 2000, diz IBGE
O total de trabalhadores na indústria brasileira caiu 0,7% em setembro, na comparação com agosto, nono mês seguido com resultado negativo. Em comparação com setembro de 2014, a queda foi de 7%, 48º resultado negativo e o maior da série histórica, que começou em dezembro de 2000.
De janeiro a setembro, o número de trabalhadores caiu 5,7%. No acumulado dos 12 meses até setembro, a perda é de 5,4%.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário. Na pesquisa anterior, com dados de agosto, a queda do emprego industrial tinha sido de 0,8%.
Nesta quinta-feira, o instituto também divulgou outra pesquisa, registrando que a taxa de desemprego no país subiu a 7,9% em outubro, a maior para o mês desde 2007.
Emprego industrial diminuiu em todos os ramos
Tanto na comparação entre setembro e agosto, quanto no acumulado de janeiro a setembro, o número de trabalhadores na indústria caiu nos 18 ramos pesquisados.
Nessas duas análises, as maiores quedas foram em máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, meios de transporte e produtos de metal.
Resultados negativos no trimestre
No fechamento do trimestre de julho a setembro, o número de trabalhadores na indústria caiu 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa foi a 16ª taxa negativa seguida nesse tipo de comparação e teve aumento no ritmo da queda em relação ao primeiro (-4,6%) e segundo (-5,9%) trimestres.
Comparado ao segundo trimestre do ano, a queda foi de 2,4%, 11ª taxa negativa seguida.
Número de horas pagas e valor da folha de pagamento
O número de horas pagas pela indústria caiu 0,8% em setembro, sétimo mês seguido de queda.
Comparado ao mesmo mês de 2014, o recuo foi de 7,8%, 28ª taxa negativa nesse tipo de confronto e a maior desde o início da série histórica. Todos os ramos da indústria pesquisados tiveram resultados negativos.
De janeiro a setembro de 2015, houve recuo de 6,4% no número de horas pagas, com os 18 setores pesquisados apontando redução. No acumulado dos 12 meses até setembro, a queda foi de 6,1%.
O valor da folha de pagamento real (ajustado pela inflação) caiu 1,6% em setembro, o terceiro mês seguido de queda. O resultado negativo foi registrado em todos os ramos. No ano, o recuo foi de 9,1%, 16ª taxa negativa seguida e a maior desde maio.
De janeiro a setembro, a queda acumulada é de 6,8%, e, nos 12 meses até setembro, de 6%, maior queda da série histórica.
IBGE vai acabar com Pimes
Em 2016, o IBGE vai acabar com a Pimes e com a PME. Das três pesquisas mensais com dados de emprego, apenas a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua seguirá.
Segundo o instituto, a Pnad Contínua é mais abrangente que as outras duas pesquisas.
A última coleta da Pimes está programada para acontecer em dezembro deste ano, com divulgação prevista para fevereiro.
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