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IBGE: Emprego na indústria em outubro tem maior queda em um ano desde 2000

Do UOL, em São Paulo

18/12/2015 09h06

O total de trabalhadores na indústria brasileira em outubro caiu 7,2% na comparação com o mesmo mês de 2014. Foi o 49º resultado negativo seguido nesse tipo de comparação e o maior da série histórica, que começou em dezembro de 2000. Em relação a setembro deste ano, a queda no emprego industrial foi de 0,7%, décimo mês seguido de queda. 

No acumulado de janeiro a outubro, o total de trabalhadores na indústria caiu 5,9%, em um ritmo de queda maior do que o registrado no primeiro semestre, quando era de -5,2%. No acumulado dos doze meses até outubro, a queda foi de 5,6%, o maior recuo desde o início da série histórica, mantendo a trajetória negativa que começou em setembro de 2013.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário. Na pesquisa anterior, com dados de setembro, a queda do emprego industrial também tinha sido de 0,7% no mês, e de 7% em um ano. 

Queda no emprego é registrada em todos os ramos

O número de trabalhadores caiu nos 18 ramos pesquisados pelo IBGE no acumulado de janeiro a outubro, com destaque para máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,5%), meios de transporte (-10,9%) e produtos de metal (-10,6%).

Na comparação de outubro com setembro deste ano, a queda também foi generalizada. Máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-15,2%), meios de transporte (-13,4%) e produtos de metal (-11,2%) continuam mostrando os maiores cortes.

Número de horas pagas cai 8,1% em um ano

O número de horas pagas aos trabalhadores na indústria também voltou a mostrar resultados negativos, com queda de 0,9% na comparação com setembro, oitavo mês seguido de queda, e de 8,1% em relação ao mesmo período de 2014, 29ª taxa negativa seguida e a maior da série histórica.

No acumulado de janeiro a outubro, a queda foi de 6,5%, e no acumulado dos doze meses, de 6,4%, resultado negativo mais intenso da série histórica. 

A queda no mês foi registrada em 17 dos 18 ramos pesquisados. No acumulado do ano, todos mostraram recuo no número de horas.

Resultados refletem queda na produção, diz IBGE

Segundo o IBGE, os resultados negativos mostrados no total de trabalhadores e no número de horas pagas refletem a diminuição do ritmo na produção industrial, que acontece desde o último trimestre de 2013, com redução de 15,1% desde outubro daquele ano.

No mesmo período, o número de trabalhadores (-10,9%) e o de horas pagas (-12,2%) também caíram.

Em outubro de 2015, a queda na produção industrial foi de 0,7%, quinto mês seguido de recuo.

Valor da folha de pagamento também tem maior queda desde 2000

Em outubro, o valor da folha de pagamento real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores caiu 0,8% na comparação com setembro, quarto mês seguido de queda. Em relação a outubro de 2014, a queda foi de 10,3%, 17ª taxa negativa seguida e a maior desde o início da série histórica, em dezembro de 2000.

No acumulado de janeiro a outubro, a queda foi de 7,1%, e de 6,6% no acumulado dos 12 meses até outubro, maior recuo da série histórica, mantendo ritmo de queda que começou em janeiro de 2014.

Tanto na comparação com setembro, quanto no acumulado do ano, a queda no valor da folha foi registrada em todos os ramos da indústria pesquisados.

IBGE deve acabar com Pimes

Atualmente, além da Pimes, o IBGE divulga mensalmente outras duas pesquisas de emprego: a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) e a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

A última PME divulgada, na quinta-feira (17), registrou que o desemprego ao todo em novembro foi de 7,5%. Já a última Pnad Contínua, com dados do terceiro trimestre, indicou desemprego de 8,9%.

Em 2016 o instituto deve manter apenas a Pnad Contínua e acabar com as outras duas. Segundo o IBGE, a Pnad Contínua é a mais abrangente das três.

A última coleta da Pimes está programada para acontecer em dezembro deste ano, com divulgação prevista para fevereiro.