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É um dos 13 milhões de desempregados? Veja 5 atitudes para buscar sua vaga

Desempregados formam fila em busca de uma vaga no Mutirão do Emprego de março, em São Paulo - Willian Moreira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Desempregados formam fila em busca de uma vaga no Mutirão do Emprego de março, em São Paulo Imagem: Willian Moreira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

03/06/2019 04h00

Com o desemprego atingindo 13,2 milhões de pessoas e a economia encolhendo 0,2% no primeiro trimestre, ainda está difícil ver o retorno das vagas de forma mais robusta. O que fazer para conseguir um trabalho?

Segundo Ricardo Basaglia, diretor-geral da Michael Page e Page Personnel, especializada em recrutamento, as empresas estão com projetos de investimento e contratações na gaveta. A instabilidade do cenário e a falta de confiança no futuro próximo, porém, inibem que eles sejam colocados em prática.

Essa também é a visão de Celso Bazzola, consultor em recursos humanos e diretor executivo da empresa de RH Bazz. "As empresas estão dispostas a investir, mas ainda estão inseguras."

Os especialistas descrevem cinco medidas e atitudes que podem ajudar a conseguir um emprego em um cenário ainda tão difícil. Confira a seguir:

Resultado conta mais que currículo

Para Basaglia, durante a entrevista de emprego, é importante mostrar os resultados que você pode entregar, mais até do que a formação acadêmica ou a experiência profissional.

"As contratações que estão acontecendo estão atreladas à expectativa de resultados", afirmou. "Hoje não basta a formação que você tem, as empresas por onde passou, cargos que teve. O importante é como você vai usar esse conhecimento e experiência para entregar resultados."

Expectativa versus realidade

"Quando vem uma crise tão acentuada e tantos cortes que se arrastam por tanto tempo, quando o mercado volta (a crescer), nunca volta na mesma configuração", afirmou Basaglia.

Na crise, as empresas aprendem a ser mais eficientes, além dos avanços tecnológicos. Assim, os cargos e salários oferecidos podem não ser os mesmos. "É importante ter flexibilidade de entender que a posição que tinha antes não vai ser a mesma", disse.

Bazzola afirmou que o profissional deve estar preparado para ouvir a proposta da empresa e focar no que ela pode oferecer, mesmo que o salário inicial não seja o que estava esperando.

"Muitas vezes o pagamento não é o que estava em mente, mas a oportunidade de crescer na carreira compensa", afirmou. "Depois ele pode recuperar o que gostaria de ganhar e até superar isso."

Rede de contatos nunca é demais

Existem práticas para busca de emprego que valem sempre, seja em um momento de crise econômica ou não. Manter uma boa rede de contatos, a popular network, é uma delas. Entrar em uma empresa é muito mais fácil quando conhece alguém que saiba de suas qualidades e abra as portas para você.

Bazzola afirmou que não são apenas os amigos que fazem parte da rede. É preciso ampliá-las e buscar contatos profissionais, mesmo que seja por meio de redes sociais, como o LinkedIn.

Antes do curso, o diagnóstico

Outro ponto fundamental, independentemente da taxa de desemprego do país, é manter-se sempre atualizado.

Basaglia recomenda fazer um diagnóstico antes de escolher o que cursar, para não perder tempo ou dinheiro. "Veja o que as pessoas na sua área estão fazendo, quais desafios enfrentam", afirmou. "E saiba o que você precisa melhorar para ter essa atuação".

Bazzola disse que, durante a crise, as empresas também podem valorizar cursos técnicos rápidos, focados em temas específicos, por buscarem resultados mais imediatos diante do cenário econômico difícil. Esse tipo de especialização pode tornar o currículo mais atraente. "O resultado é rápido para a empresa e para o profissional."

Também é importante estar ligado nos acontecimentos atuais. "As empresas buscam isso, a pessoa que está muito antenada. Mesmo que não esteja atuando, deve estar por dentro do contexto", declarou.

Comportamento pode ser melhorado

O consultor da Bazz recomenda buscar, além da especialização técnica, cursos que trabalham o comportamento.

"As empresas começaram a buscar ainda mais profissionais por suas habilidades comportamentais, pela atitude", afirmou. "Não que antes não era assim, mas, em momentos de crise, o comportamento diante da pressão por resultados pode ajudar tanto o profissional, quanto a empresa."

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