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Desemprego cai a 11,2%, mas ainda atinge 11,9 milhões de pessoas, diz IBGE

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Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

28/02/2020 09h02Atualizada em 28/02/2020 10h14

Resumo da notícia

  • Resultado representa queda em relação ao trimestre anterior e na comparação com o mesmo período de 2019
  • Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
  • O total de pessoas ocupadas foi de 94,2 milhões, segundo o IBGE
  • A taxa de informalidade recuou para 40,7% no trimestre encerrado em janeiro de 2020

A taxa de desemprego no Brasil fechou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, uma queda de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (de agosto a outubro de 2019), quando ficou em 11,6%. Na comparação com o trimestre encerrado em janeiro de 2019, quando a taxa foi de 12%, houve queda de 0,8 ponto percentual. A população desocupada foi de 11,9 milhões de pessoas.

Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).

O total de pessoas ocupadas (94,2 milhões) apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE. Porém, comparado ao mesmo período de um ano atrás, houve crescimento da ocupação, um adicional de 1,86 milhão de pessoas.

"O nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, manteve-se estável (54,8%) em relação ao trimestre antecedente, mas subiu em relação ao mesmo período do ano anterior, quando era estimado em 54,2%", disse a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Informalidade cai e cresce emprego com carteira assinada

Ainda segundo o IBGE, a taxa de informalidade recuou de 41,2% no trimestre de agosto a outubro de 2019 para 40,7% no trimestre encerrado em janeiro de 2020.

Já o número de empregados com carteira assinada subiu 1,5% em relação ao trimestre anterior, um acréscimo de 540 mil pessoas, e 2,6% frente ao mesmo período do ano anterior, um acréscimo de 845 mil pessoas.

Subutilização registra queda

A taxa de subutilização caiu de 23,8% em relação ao trimestre anterior para 23,2%, o que menos 744 mil pessoas a menos nesta situação. Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando a taxa era de 24,2%, a queda foi de 1 ponto percentual (uma diferença de 919 mil pessoas).

A subutilização leva em conta:

  • pessoas desocupadas (não trabalham, mas procuraram trabalho nos 30 dias anteriores à pesquisa)
  • pessoas que gostariam de estar trabalhando mais horas por dia
  • pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho nos 30 dias anteriores à pesquisa, ou procuraram mas não estavam disponíveis para trabalhar no momento da pesquisa

Desalento fica estável

A população desalentada (4,7 milhões) ficou estável em ambas as comparações, assim como o percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho (4,2%).

O desalento leva em conta pessoas que estavam disponíveis para trabalhar, mas que não tomaram providência para conseguir trabalho nos 30 dias anteriores à pesquisa, porque acreditavam que não conseguiriam. Inclui também o trabalhador que se considera desqualificado, muito jovem ou idoso demais para achar uma ocupação.

Metodologia da pesquisa

A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Existem outros números sobre desemprego, apresentados pelo Ministério da Economia, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.

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