Juro do cheque especial cai a 166% ao ano, mas fica acima do limite do BC
Os juros do cheque especial caíram de 247,6% em dezembro para 165,6% ao ano em janeiro. Na comparação com janeiro do ano passado (267,3%) também houve queda. A redução é reflexo da mudança nas regras do cheque especial, que limitou a taxa cobrado pelos bancos.
Mas, mesmo com a redução, os juros do cheque especial ficaram acima do limite estabelecido pelo Banco Central, de 151,8% ao ano, ou 8% ao mês. Segundo o BC, isso aconteceu por causa de outros custos do crédito, além dos juros, como impostos e encargos. Além disso, foram contabilizados dias de janeiro nos quais as novas regras ainda não estavam em vigor.
O juro médio do rotativo do cartão de crédito caiu de 318,8% ao ano em dezembro para 316,8% ao ano no mês passado. Em janeiro de 2019, a taxa era de 287,1%.
Os dados foram divulgados hoje pelo Banco Central. Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles (quem tem mais dinheiro no banco paga menos taxas).
Confira a variação das modalidades de crédito em janeiro:
- Cheque especial: caiu de 247,6% para 165,6% ao ano
- Rotativo do cartão de crédito: caiu de 318,8% para 316,8% ao ano
- Cartão de crédito parcelado: subiu de 175,8% para 184,1% ao ano
- Crédito pessoal não-consignado: subiu de 94,6% para 103,5% ao ano
- Crédito pessoal consignado: subiu de 20,5% para 21,3% ao ano
- Compra de veículos: subiu de 19,2% para 19,7% ao ano
- Financiamento imobiliário: subiu de 7,3% para 7,4% ao ano
Novas regras do cheque especial
No final do ano passado, o BC anunciou novas regras para tentar diminuir as taxas de juros no cheque especial.
Além de limitar a taxa cobrada pelos bancos, o órgão permitiu que eles cobrem uma nova tarifa pelo produto. Assim, mesmo que a pessoa não use o cheque especial, apenas o fato de ter o limite autorizado já será suficiente para que o cliente seja tarifado.
Para contratos antigos, essa taxa começa a valer em 1º de junho deste ano. Para novos contratos, a taxa já pode ser cobrada desde janeiro, O valor é de até 0,25% sobre os limites acima de R$ 500.
Segundo o Banco Central, o sistema do cheque especial, com taxas livres, não favorece a competição entre os bancos. Isso porque a modalidade é pouco sensível aos juros e não muda o comportamento dos clientes mesmo quando as taxas cobradas sobem.
Veja mais economia de um jeito fácil de entender: @uoleconomia no Instagram.
Ouça os podcasts Mídia e Marketing, sobre propaganda e criação, e UOL Líderes, com CEOs de empresas.
Mais podcasts do UOL em uol.com.br/podcasts, no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.