Pontos positivos e negativos: como responder a essa pergunta em entrevista?
Se você já passou por uma entrevista de emprego, com certeza você já se deparou com estas perguntas: "Quais são seus pontos fracos? E os seus pontos fortes?". Os recrutadores fazem essas questões com frequência para testar o autoconhecimento dos profissionais.
Para entender a melhor forma de responder a essas perguntas sem recair ao clichê, o UOL Economia conversou com alguns especialistas. Veja a seguir o que responder sobre o seus pontos fortes e pontos fracos em uma entrevista:
Pontos fortes ou positivos
Em primeiro lugar, o profissional deve fugir de adjetivos comumente usados como "responsável, dedicado e perfeccionista". Elaine Bergmann, orientadora da PUC Carreiras, indica que o candidato fuja desses clichês perguntando para a família e amigos quais são as suas qualidades.
Além disso, a professora também sugere que os adjetivos atribuídos a nós sejam sempre bem contextualizados. "Eu indico sempre que seja aplicado o CAR: contexto, atitude e resultado. Não adianta você falar um ponto forte sem contextualizar a situação", explica.
"Se você disser que seu ponto forte é a comunicação, diga algo que traga contexto para essa informação. Se você trabalha bem em equipe, diz que é porque participa de time de futebol, onde cada um faz a sua parte. Fale sobre as suas características e contextualize", completa.
Ela também considera importante caprichar nas suas qualidades, desde que elas sejam verdadeiras.
Pontos fracos ou negativos
Entre os pontos fracos mais clichês estão "ser ansioso, perfeccionista e ter dificuldade para trabalhar sob pressão". Para evitar esses lugares comuns, o ideal é falar pontos e habilidades que podem ser desenvolvidos e não são, necessariamente, um defeito.
"Você pode dizer que é tímido ou que é introvertido, mas que está fazendo um curso de teatro ou oratória para superar essas características. Nunca foque no que é negativo, foque no que você está fazendo para melhorar", diz Bergmann.
Miriam Rodrigues, professora do curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ressalta que é preciso ser sincero e se preparar para a entrevista.
"Se a gente não se prepara, a gente corre o risco de falar a primeira coisa que vem à nossa cabeça. E, geralmente, a primeira coisa que vem é um clichê. A gente consegue evitar isso se preparando. Além disso, é preciso ser sincero, mas pensar antes", afirma.
Preparo e autoconhecimento
De acordo com as especialistas, perguntas como essas são comuns nos processos seletivos e usadas pelos recrutadores para saber o quanto o profissional se conhece e como ele se vê.
"Quanto mais você se conhece, seus pontos fortes, pontos a serem desenvolvidos, as experiências que agregaram, mais você consegue se destacar na entrevista. Por isso, é importante o autoconhecimento. Acreditar em você e passar para o recrutador", diz a orientadora da PUC Carreiras.
Já a professora do Mackenzie indica que o candidato tenha foco e sinceridade, para não se enrolar nas respostas. "Não sabendo o que o entrevistador vai perguntar, é isso que nos deixa preparados para a entrevista. Tem que estar atento à conversa e responder o que for absolutamente verdade. Assim, não tem como a gente se enrolar", diz.
"Essas perguntas dão ao recrutador a possibilidade de analisar o profissional. Uma pessoa que não sabe, que nunca pensou nisso geralmente não tem foco ou ambições. As empresas querem pessoas com energia, garra e focadas", completa.
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