O que são "blue chips" e "small caps"? Entenda os termos usados na Bolsa
As ações comercializadas nas Bolsas de Valores pelo mundo costumam ser divididas em dois grupos: as "blue chips" e as "small caps". Essa não é uma divisão oficial, mas costuma ser feita por aqueles que atuam no mercado financeiro.
O que são "blue chips"?
As "blue chips" são as ações mais negociadas em qualquer Bolsa de Valores. De forma geral, são papéis de grandes companhias, com resultados operacionais robustos, divisão de lucros e, principalmente, grande procura e, assim, liquidez (facilidade de compra e venda).
Na B3, a Bolsa de Valores brasileira, as ações da Petrobras, Vale, Itaú Unibanco e Ambev são exemplos de blue chips.
O termo é usado no mercado norte-americano há mais de um século, e é adotado também no Brasil. Uma possível origem do termo é o jogo de pôquer: nele, as fichas azuis ("blue chips") são as mais valiosas.
O que são "small caps"?
"Small cap" é uma abreviação de "small capitalization", que significa baixa capitalização, em inglês. É uma empresa com um valor de mercado menor em relação a outras negociadas na Bolsa de Valores.
"Geralmente consideramos que é uma companhia que vale entre R$ 1,5 bilhão e R$ 8 bilhões", disse Filipe Villegas, analista de Renda Variável da Genial Investimentos.
Uma "small cap" também é uma companhia em processo acelerado de expansão. Muitas são relativamente novas, têm poucos anos de existência ou são pouco conhecidas do público em geral. A tendência é que, ao longo do tempo, uma "small cap" cresça bastante, e seu lucro aumente de forma considerável. Isso se traduzirá em maior retorno para quem comprou suas ações antes.
Investir nesse tipo de papel requer mais atenção do que em companhias já consolidadas, porque o risco é mais alto. "Como elas estão focadas no crescimento, se endividam mais para conseguir bancar seu plano de investimento. Logo, também ficam mais expostas aos movimentos da economia, como uma eventual alta dos juros ou queda da atividade", afirmou Villegas.
Outro problema típico das "small caps" é a baixa liquidez das ações. Como são firmas menores e, às vezes, pouco conhecidas, as ações dessas empresas são menos negociadas na Bolsa. Em outras palavras, há o risco de ter que esperar algumas horas ou até dias para achar um comprador para suas ações ou ter que vendê-las com desconto elevado.
Bolsa tem índice de "small caps"
A Bolsa brasileira mantém o índice SMLL, formado exclusivamente por companhias "small caps". Entre elas estão desde marcas conhecidas, como as Lojas Marisa e a companhia aérea Azul, até outras menos populares, como a transportadora Tegma e a empresa de energia elétrica Alupar.
Os investidores podem aplicar no ETF (fundo de índice) SMAL11, que replica o comportamento do índice Small Cap (SMLL).
(Com reportagem de Téo Takar e Vinícius Pereira, do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo)
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