Veja orçamentos e dicas de como poupar para um curso no exterior
Passar uma temporada de estudos no exterior ou enviar os filhos para um curso fora do país é a ambição de muitos poupadores. Um dos principais obstáculos a esse objetivo, além dos próprios custos da empreitada, é proteger o dinheiro do sobe e desce do dólar, do euro, e de outras moedas em relação ao real, quando se vai juntando o dinheiro aos poucos.
Por exemplo, em 2010, o preço do dólar passou de R$ 1,72 em janeiro para R$ 1,68 em dezembro. Em 2011, foi de R$ 1,65 para R$ 1,86 no mesmo período. Já neste ano, subiu de R$ 1,86 para R$ 2,10 até o começo de dezembro.
Algumas aplicações financeiras ajudam o investidor a se proteger dessas variações ao longo do caminho. Como em toda aplicação, existem custos e riscos que devem ser ponderados.
Fundos cambiais são opção para poupar em moeda estrangeira
Os fundos cambiais são uma das maneiras mais indicadas de fazer uma poupança em moeda estrangeira no país. Há cobranças de taxas de administração (que variam entre 0,5% e 3%) e de Imposto de Renda, como em qualquer outro fundo de investimento.
A cobrança do Imposto de Renda para os fundos segue duas regras básicas: é feita a cada seis meses; a mordida do Leão, na hora do saque dos recursos, fica menor quanto mais tempo o dinheiro permanece depositado. Até 180 dias, a cobrança do IR é de 22,5% sobre os rendimentos; acima de 720 dias, cai para 15%.
Especialistas do setor financeiro não se cansam de lembrar que se trata de um investimento de alto risco. Essa lembrança é ainda mais adequada porque o rendimento dos fundos cambiais neste ano ficou muito atrativo. Segundo acompanhamento da Anbima (associação que reúne as empresas que comercializam fundos de investimentos), o ganho dessas aplicações, em média, está em 12%, acima do estimado para os fundos DI ou de Renda Fixa.
Mês a mês, o investidor pode levar alguns sustos: em janeiro, o dinheiro aplicado desvalorizou mais de 6% nos fundos cambiais; no mês seguinte, sofreu outro tombo, de 1,82%, para subir 6,4% em março.
Comprar dólares aos poucos, ou usar cartões pré-pagos
Outra forma é acumular o dinheiro comprando aos poucos os dólares necessários. Para quem não quiser correr o risco de juntar dinheiro em casa, uma das ferramentas disponíveis no mercado são os cartões pré-pagos.
Agências de turismo oferecem esses cartões como ferramentas alternativas ao cartão de crédito para os gastos em viagens. Mas esses meios de pagamento também podem ser utilizados para a poupança em moeda estrangeira, desde que respeitados os limites do produto. Nas corretoras e bancos que trabalham com esse tipo de cartão, o limite mínimo de "carga" é de US$ 100 e o máximo, de US$ 10 mil (R$ 21 mil).
O cartão não precisa ser carregado de uma vez só. "Temos clientes que fazem depósitos todo mês", diz Paulo Volpe, vice-presidente de marketing do grupo Confidence (especializado em câmbio para turismo).
"No ano que vem, provavelmente a partir de abril, nós devemos oferecer uma ferramenta que vai permitir programar esses depósitos a cada mês no cartão", acrescenta.
Tanto no caso da compra de dólares ou no cartão do pré-pago, o poupador tem que pagar um imposto de 0,38% a cada operação. No exterior, se fizer um saque em um caixa eletrônico, há outra taxa em todas as retiradas --de US$ 2,50 nos EUA, por exemplo.
Quanto custa passar um ano fora?
QUANTO CUSTA 1 ANO DE ESTUDO NOS EUA?
Curso* com 48 semanas | US$ 38.128 |
Seguro-saúde | US$ 931 |
Gastos extras | US$ 6.000 |
Passagem de ida e volta | US$ 1.000 |
TOTAL | US$ 46.000 |
- *Curso em San Diego (EUA)
- Orçamento elaborado a pedido do UOL pela CI
A pedido da reportagem do UOL, a empresa de intercâmbio e turismo jovem CI elaborou dois orçamentos para uma temporada de 12 meses de estudos nos EUA e no Canadá.
Em uma temporada de 48 semanas de duração, a empresa considerou gastos de US$ 500 por mês em alimentação, além de US$ 130, em média, com despesas de transporte na cidade escolhida.
Nos EUA, um curso de idiomas com 48 semanas de duração, mais custos de acomodação, deslocamentos do aeroporto e taxa de matrícula pode atingir a soma de US$ 38.128 pela estimativa da CI. A esse valor deve se considerar o gastos com seguro-saúde (US$ 931), gastos extras (US$ 6.000) e uma passagem de ida e volta (US$ 1.000).
Esse orçamento levou em conta um curso em San Diego, com embarque previsto para março de 2013. Total: pouco mais de US$ 46 mil (ou R$ 96.416, pela cotação do dia 18),
QUANTO CUSTA 1 ANO DE ESTUDO NO CANADÁ?
Curso* com 48 semanas | US$ 23.354,06 |
Seguro-saúde | US$ 931 |
Gastos extras | US$ 6.000 |
Passagem de ida e volta | US$ 1.500 |
TOTAL | US$ 31.785 |
- *Curso em Vancouver
- Orçamento elaborado a pedido do UOL pela CI
No Canadá, o custo do curso, mais a acomodação, deslocamentos e taxa de matrícula chega à US$ 23.354,06. O investidor deve levar em conta um seguro-saúde básico no valor de US$ 931, mais uma estimativa de US$ 6.000 de gastos extras ao longo da temporada uma passagem aérea de ida e volta orçada em US$ 1.500. Total: US$ 31.785 (R$ 66.621, pela taxa de câmbio do dia 18).
Esse orçamento foi feito considerando uma temporada de estudos em uma escola na cidade de Vancouver, com embarque previsto para março de 2013.
Há temporadas mais em conta. Para cursos de idiomas com duração de poucas semanas, os custos podem chegar a menos de R$ 10 mil, de acordo com o país escolhido.
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