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Tem dívidas? Não deixe para 2018: veja o que você deve fazer ainda este ano

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Imagem: Shutterstock

Danylo Martins

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/11/2017 04h00

O ano está acabando, mas ainda dá tempo de sair do vermelho, ou pelo menos de dar os primeiros passos para colocar as contas em ordem. O caminho das pedras exige disciplina, planejamento e mudança de hábitos.

Veja oito dicas para terminar este ano sem dor de cabeça e começar 2018 com o bolso mais tranquilo.

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1. Saiba quanto ganha e quanto gasta

Para poder se livrar das dívidas, é preciso conhecer sua realidade financeira, ou seja, saber exatamente quanto você ganha e quanto gasta por mês. Isso inclui os valores pagos nas parcelas de empréstimos e os juros cobrados por eles.

Evite fazer contas de cabeça. Monte um orçamento pessoal ou familiar, que pode ser feito por aplicativos, planilhas ou mesmo num caderno. "O método é o que menos importa. O melhor é o que dá certo para você", afirma José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil.

Lembre-se de considerar as despesas de começo de ano --como IPTU, IPVA e material escolar.

As pessoas se enforcam pelos compromissos assumidos em dezembro, juntando com as contas de janeiro. Dezembro é mês de guardar, e não gastar.

Thiago Alvarez, sócio-fundador do aplicativo GuiaBolso

2. Identifique o tamanho das dívidas

Para sair do buraco, é preciso saber o tamanho do problema. Busque todas as informações sobre cada uma das dívidas: para quem você deve (bancos, financeiras, lojas, amigos etc.) e qual o valor total da dívida, incluindo juros, encargos, multas e outras taxas.

Além disso, refletir sobre como se endividou é fundamental para sair dessa situação, segundo os especialistas. Parar e pensar a respeito do assunto ajuda a evitar que isso aconteça novamente no futuro.

Você pode estar vivendo acima das suas possibilidades. As pessoas ficam mais pobres e não se dão conta. Nesse caso, mudar os hábitos é essencial.

José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil

3. Saiba o que é prioridade 

Um bom exercício é pensar nas consequências de não pagar a dívida. No caso de contas essenciais --como água, luz e aluguel--, se não pagar, você corre o risco de ter o fornecimento de água ou luz cortado, ou até de ser despejado. "É fundamental ter o senso de realidade e urgência”, afirma Alvarez.

4. Troque dívida cara por uma mais barata

Quem tem dívidas caras, como cheque especial e rotativo do cartão de crédito, precisa tomar cuidado porque elas podem se transformar em uma espécie de "bola de neve" num piscar de olhos.

Três ou quatro meses no cheque especial ou sem pagar o cartão de crédito podem levar uma pessoa para o grupo dos inadimplentes [com o nome sujo na praça].

Thiago Alvarez, sócio-fundador do GuiaBolso

A recomendação dos especialistas é trocar esse tipo de dívida por modalidades de crédito mais baratas: por exemplo, empréstimo pessoal ou consignado, quando as parcelas são descontadas diretamente do salário. Também vale avaliar as opções de crédito oferecidas pelas fintechs (empresas de serviços financeiros online).

5. Avalie transferir a dívida para outro banco

Vale a pena pesquisar as opções de empréstimo em outra instituição financeira, segundo os especialistas. Se encontrar condições e taxas melhores, dá para recorrer à chamada portabilidade de crédito.

"A portabilidade pode ser avaliada como possibilidade, se você tiver conta e histórico em mais de um banco", diz o planejador financeiro Jaques Cohen, da consultoria Lab do Valor.

6. Aproveite os feirões para renegociar

Quem está com o nome sujo tem a chance de renegociar as dívidas e regularizar a situação nos feirões organizados por empresas de crédito, como Serasa, Boa Vista SCPC e SPC Brasil.

Antes de partir para uma renegociação nesses eventos, é importante ler o contrato da dívida e saber quais empresas credoras estarão presentes no feirão presencial ou na opção online. "O principal é não ter vergonha de negociar", afirma Vignoli.

7. Veja se as parcelas cabem no bolso

Ao renegociar a dívida, é ideal se antecipar e fazer uma proposta ao credor. Mas, para isso, conheça sua capacidade de pagamento: calcule se as parcelas cabem no seu orçamento.

Não existe milagre. Desconfie de promessas e soluções instantâneas.

José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil

8. Aproveite o 13º salário

No fim do ano, muitas pessoas recebem o 13º salário, além de bônus e gratificações. Nesse caso, vale a pena resistir à tentação de comprar presentes de Natal e usar o dinheiro extra, ou parte dele, para quitar ou reduzir as dívidas.

Se não sabe responder a estas 5 questões, será muito difícil ficar rico

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