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Americanas (AMER3) demitiu mais de 9 mil funcionários em oito meses

Americanas (AMER3) informou ao mercado que desligou 1.448 funcionários na semana entre os dias 14 e 20 de agosto, de acordo com um documento divulgado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Desde o escândalo de rombo contábil de R$ 20 bilhões e a recuperação judicial em janeiro, a varejista contabiliza mais de 9 mil demissões.

Na semana em questão, a varejista também informou 2 desligamentos na ST Importações, incluindo os desligamentos voluntários, isto é, por iniciativa do funcionário. Até o último domingo (20), a varejista tinha 33.948 colaboradores.

"O quadro de funcionários da Americanas é sazonal por natureza, variando conforme oscilações do mercado de varejo e com picos nas épocas de datas comemorativas, como Páscoa, Black Friday e Natal. O número absoluto de desligamentos permanece em linha com os períodos anteriores à decretação da recuperação judicial", informou a Americanas.

Entre os dias 14 e 20 de agosto, a varejista efetuou R$ 370 milhões em pagamentos e somou R$ 432 milhões em recebimentos.

Além disso, a Americanas informou que o número total de lojas somava 1.806 até o último dia 20 de agosto, correspondente a 96% do período anterior ao deferimento da recuperação judicial. "Houve o encerramento de três lojas durante a semana base deste relatório, representando 0,16% do total de lojas ativas", disse.

Em nota enviada ao Suno Notícias, a Americanas informou que realizou o desligamento de colaboradores da Americanas diante da reestruturação de algumas frentes de negócio em seu plano de transformação.

"A companhia continua focada na manutenção de suas operações e no aumento de sua eficiência e reforça seu comprometimento com a transparência na relação com os sindicatos e o cumprimento integral e tempestivo de suas obrigações trabalhistas, na forma da legislação vigente", destacou.

Americanas: Vibra (VBBR3) paga R$ 192 milhões por 'divórcio'

A Vibra (VBBR3), antiga BR Distribuidora, comunicou ao mercado que pagará R$ 192 milhões para encerrar sua parceria com a Americanas.

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parceria entre Vibra e Americanas se dava por meio da Vem Conveniência, uma empresa à parte.

"O Termo de Encerramento, conforme já divulgado anteriormente pela companhia, prevê o retorno dos negócios de lojas de pequeno varejo para as acionistas originárias, ou seja: as lojas "Local" para a Americanas S.A. e "BR Mania", para a companhia", diz o comunicado ao mercado.

"Como o volume destes negócios não são equivalentes dentro da participação igualitária da Vem Conveniência, em linha com o previsto no Contrato de Parceria tanto para a constituição como para o desfazimento, haverá também uma parte em dinheiro, representando o pagamento de R$ 192 milhões da Companhia para a Americanas S.A., a fim de equalizar a diferença no valor dos negócios", completa.

Agora o negócio da BR Mania será aportado em uma nova empresa especialmente constituída para o mesmo fim, sendo totalmente detido pela Vibra.

"Com a nova sociedade detentora das lojas BR Mania como uma subsidiária independente, a Vibra esperar prosseguir com o crescimento já verificado e desenvolver ainda mais o seu negócio de conveniência, como parte indispensável na sua proposta de valor para a revenda e consumidores de sua rede de postos", diz a companhia.

Em CPI, ex-CEO nega participação de Lemann, Telles e Sicupira em fraude da Americanas

O ex-CEO da varejista, Sérgio Rial, depôs na última terça-feira (22) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados sobre o escândalo envolvendo a varejista.

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O relator da CPI, deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), que pediu as oitivas, queria esclarecimentos sobre as inconsistências contábeis da companhia.

A Americanas pediu recuperação judicial no dia 19 de janeiro após anunciar um rombo contábil de R$ 20 bilhões. Chiodini quer que os dirigentes esclareçam "o andamento da persecução penal decorrente dos fatos apurados na CPI".

Na CPI, segundo o Valor Econômico, Rial respondeu se houve participação de Jorge Paulo Lemann, Alberto Sicupira e Marcel Telles no rombo bilionário da empresa.

O relator da CPI da Americanas, o deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), questionou o executivo sobre uma possível participação dos 3 acionistas de referência da varejista na suposta fraude.

Em audiência pública na CPI, Rial afirma que não há indícios que apontem para a participação do trio no rombo contábil da Americanas, que se iniciou na casa dos R$ 20 bilhões.

"O que posso dizer: não vi nenhum indício, nem antes, nem durante e nem depois em relação a isso", afirmou Rial, de acordo com reportagem do Valor.

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Posteriormente, os problemas chegaram a ser informados a Beto Sicupira, que se reuniu com os diretores, disse Rial.

Ao ser informado por dois diretores sobre as irregularidades em janeiro, Rial disse que não tinha informação de que acionistas da Americanas soubessem do caso.

"Eu estive nove dias lá, e a única vez que o senhor Beto Sicupira esteve lá foi no dia 6, na reunião com os diretores", afirmou o ex-CEO da Americanas.

Este material foi elaborado exclusivamente pelo Suno Notícias (sem nenhuma participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo nenhum tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco. Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

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