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Casas Bahia (BHIA3) avalia emissão de R$ 1 bilhão com apoio de bancos, diz jornal

A Casas Bahia (BHIA3) estuda fazer uma emissão de debêntures para estender o prazo de uma captação de R$ 1 bilhão feita em 2021 e que vence em abril, segundo apuração do Broadcast/Estadão.

De acordo com a publicação, a operação seria lançada com ancoragem dos bancos que são os maiores credores da companhia - Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) -, para sinalizar ao mercado confiança na reestruturação da Casas Bahia.

Além disso, diz o Broadcast, se houver apetite dos investidores, a distribuição poderia ir além da fatia garantida, o que ajudaria a reforçar o caixa da varejista.

Ainda segundo fontes informaram ao jornal, diante das várias alternativas discutidas no momento entre a companhia e os bancos, este é o "plano A" por ora. O objetivo é alongar o prazo das dívidas da Casas Bahia e, ao mesmo tempo, não comprometer a liquidez.

Vale lembrar que no ano passado, a Casas Bahia realizou uma oferta de ações que levantou R$ 622 milhões, menos do que se esperava, com um desconto alto sobre o preço de tela das ações. A empresa também transferiu o financiamento do crediário dos clientes para fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) - um deles foi lançado no final de 2023, da ordem de R$ 600 milhões. Em 2022, a varejista já havia recebido R$ 1,75 bilhão para renovar a parceria com o Bradesco em cartões co-branded, uma antecipação de parte das comissões.

Segundo fontes informaram ao Broadcast, a empresa está fazendo reuniões com investidores no exterior - incluindo em Nova York - para discutir a reestruturação que fez, e também para testar o interesse em uma eventual emissão, o chamado "non deal roadshow".

Casas Bahia (BHIA3) é "investimento desafiador": Citi atualiza projeções para a varejista

Em seu relatório mais recente, analistas do Citi atualizaram seu modelo de projeções dos resultados do quarto trimestre de 2023 da Casas Bahia, incorporando as premissas operacionais mais recentes e as estimativas macro do banco. Na opinião da casa, a varejista continua a ser um caso de investimento desafiador.

"Após seu recente aumento de capital de R$ 622 milhões, a Casas Bahia ainda não está fora de perigo, com despesas financeiras líquidas de R$ 2,0 bilhões (excluindo leasing) ainda excedendo o Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês] pré-IFRS de R$ 1,3 bilhão projetado para 2024", apontam os analistas.

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Ainda de acordo com o Citi, o plano de reestruturação em andamento liderado pelo CEO da companhia, Renato Franklin, será fundamental para melhorar a estrutura de capital, uma vez que a procura por produtos eletrônicos/linha branca permanece fraca.

"Priorizar o balanço da Casas Bahia versus o crescimento enquanto procura alternativas de financiamento para o seu negócio de crédito parece ser a melhor estratégia nesta fase", aponta o Citi, que estima uma melhora gradual na rentabilidade.

"Os consideráveis ??créditos fiscais (R$ 6,3 bilhões) também deverão proporcionar alguma reserva de caixa, pelo menos suficiente para compensar suas contingências trabalhistas", completa o banco.

O Citi manteve recomendação neutra para as ações da empresa, com preço-alvo a R$ 10.

Casas Bahia (BHIA3): BlackRock compra ações da varejista

A BlackRock, uma das maiores gestoras do mundo, atingiu a participação conjunta de 5,133% do total de ações ordinárias da Casas Bahia, de acordo com comunicado enviado ao mercado na semana passada.

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De forma agregada, as participações societárias detidas pela BlackRock passaram a ser de 4,881 milhões de contratos e diferença, conhecido no mercado pela sigla CFDs, além de 3,945 milhões de papéis ordinários, representando aproximadamente 4,149%.

Apesar de alcançar mais de 5% defatia na varejista, o movimento da gestora tem o objetivo meramente de investimento, não tendo como fim a alteração no controle ou na estrutura administrativa da companhia.

Desempenho das ações de Casas Bahia

No fechamento de terça-feira (30), as ações ordinárias de Casas Bahia caíram 8,32%, a R$ 7,60. No ano, os papéis cedem 31,53%, segundo dados do Status Invest.

*Com informações de Estadão Conteúdo

Este material foi elaborado exclusivamente pelo Suno Notícias (sem nenhuma participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo nenhum tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco. Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

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