Ibovespa arrefece queda com Petrobras (PETR4) no positivo; Vale (VALE3) e mineradoras lideram perdas e dólar recua
O Ibovespa abriu a sessão desta segunda-feira (11) em queda, e embora siga em baixa, vem arrefecendo o viés negativo. Por volta do meio-dia, o índice recuava 0,23%, aos 126.783 pontos.
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão no foco do mercado hoje. Após a questão dos dividendos ter decepcioando o mercado no final da semana passada, os investidores seguem repercutindo relatórios e notícias envolvendo a estatal. Nesta segunda-feira, Luiz Inácio Lula da Silva e Jean Paul Prates devem se reunir, e enquanto isso, uma coluna do jornal O Globo dá conta de que a tensão entre o presidente da Petrobras e o ministro de minas e energia, Alexandre Silveira, está mais forte do que nunca.
Após abrirem em queda, as ações da Petrobras viraram e se firmaram no positivo: Petrobras ON (PETR3) sobe 1,81% a R$ 37,65 e Petrobras PN (PETR4) tem o segundo maior avanço do índice, com +2,55% a R$ 37,04.
A Vale, por sua vez, confirmou que o atual CEO, Eduardo Bartolomeu, permanecerá no cargo até o fim deste ano, o que gerou reações mistas por parte dos analistas. Pesa para os papéis da mineradora o fato do minério de ferro ter tombado 7% nesta madrugada, na China. Com isso, as ações da Vale caem 2,94% a R$ 64,07, terceira maior queda do índice.
A queda do índice Bovespa ocorre ainda em meio à agenda esvaziada, que ganhará força a partir de amanhã com dados de inflação (IPCA no Brasil e CPI nos EUA) de fevereiro, que poderão ajudar nas apostas para a política monetária do Brasil e dos Estados Unidos
Ainda, as declarações do presidente Lula sobre a possibilidade de ampliar os gastos com obras públicas diante das surpresas positivas com a arrecadação federal seguem gerando preocupações, além dos receios de que o governo utilize a retenção dos dividendos da Petrobras para investimentos, em meio à baixa popularidade.
A maior alta do Ibovespa é da 3R Petroleum (RRRP3), +3,04% a R$ 29,12, seguida por Petroreconcavo (RECV3), +2,81% a R$ 21,97. Os papéis preferenciais da Petrobras completam o top-3.
Na ponta negativa, seguindo a queda do minério, as ações de mineração e siderurgia lideram as perdas. Usiminas (USIM5) tem o maior recuo, -4,05% a R$ 10,42, seguida por CSN Mineração (CMIN3), -3,19% a R$ 5,76, e os papéis da Vale.
Mercado em NY
As bolsas de Nova York, que a partir de hoje voltam a abrir às 10h30 (Brasília), em linha com o horário de verão nos EUA, operam no negativo, à espera do CPI de amanhã.
Confira o desempenho do mercado em NY por volta do meio-dia:
- Dow Jones: -0,29% a 38.609 pontos
- S&P500: -0,20% a 5.113 pontos
- Nasdaq: -0,10% a 16.069 pontos
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Cotação do dólar
A cotação do dólar hoje recua 0,25% a R$ 4,9674.
China fecha em alta com dados de inflação
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira (11), com ganhos na China após novos dados de inflação e perdas em Tóquio após revisão do Produto Interno Bruto (PIB) japonês.
Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,74%, a 3.068,46 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,12%, a 1.756,18 pontos. No fim de semana, pesquisa oficial mostrou que os preços ao consumidor chinês subiram 0,7% na comparação anual de fevereiro, depois de caírem nos quatro meses anteriores. A última leitura ajudou a abafar temores de deflação na segunda maior economia do mundo.
Já a reunião anual do legislativo chinês chegou ao fim hoje sem grandes novidades em termos de políticas. No começo do evento, há quase uma semana, Pequim definiu que a China buscará crescer em torno de 5% em 2024, repetindo a meta do ano passado.
Em Tóquio, o índice Nikkei teve expressiva queda de 2,19%, a 38.820,49 pontos, após revisão para cima do PIB do Japão reforçar expectativas de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) irá começar a apertar sua política monetária ultra-acomodatícia. Entre outubro e dezembro, o PIB japonês cresceu 0,1% ante os três meses anteriores, evitando uma recessão técnica. Originalmente, havia sido estimada queda de 0,1% no período.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 1,43% em Hong Kong, a 16.587,57 pontos, com a ajuda de ações de tecnologia, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 0,77% em Seul, a 2.569,84 pontos, e o Taiex registrou modesta perda de 0,30%, a 19.726,08 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana sofreu hoje sua maior queda diária em um ano, após fechar o pregão anterior com nova máxima histórica. O índice S&P/ASX 200 recuou 1,82% em Sydney, a 7.704,20 pontos, pressionado por ações de mineradoras e de bancos.
Bolsas da Europa caem à espera de CPI dos EUA
As bolsas europeias iniciaram a semana em baixa, acompanhando o fraco desempenho em parte da Ásia, enquanto investidores cautelosamente ficam às margens dos negócios antes de novos dados de inflação dos EUA.
Confira o desempenho dos índices por volta das 07h50:
Londres (FTSE100): -0,40% a 7.629 pontos
Frankfurt (DAX): -0,53% a 17.714 pontos
Paris (CAC 40): -0,33% a 8.001 pontos
Madrid (Ibex 35): -0,16% a 10.289 pontos
Europa (Stoxx 50): -0,54% a 4.935 pontos
Investidores na Europa aguardam nova pesquisa sobre a inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, a ser divulgada na terça-feira (12). O indicador costuma influenciar expectativas para a trajetória dos juros básicos americanos.
O tom negativo nos mercados europeus vem após as bolsas da Ásia e do Pacífico fecharem sem direção única hoje, com perdas particularmente expressivas em Tóquio e Sydney.
Também pesa no sentimento os índices futuros das bolsas de Nova York, que caem levemente na manhã desta segunda-feira, após Wall Street encerrar a última semana no vermelho.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Último fechamento do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a sessão de sexta-feira (08) em queda de 0,99%, aos 127.070,79 pontos.
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