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Ações da Petrobras têm alta com troca de ministro; vale comprar?

Fachada da sede da Petrobras: troca de ministro de Minas e Energia impacta em ações da empresa - Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo
Fachada da sede da Petrobras: troca de ministro de Minas e Energia impacta em ações da empresa Imagem: Adriano Ishibashi/Framephoto/Estadão Conteúdo

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, de São Paulo

11/05/2022 13h17

Após anunciar um aumento de 8,87% no preço do diesel na última segunda-feira (9) — que passou a valer a partir de ontem —, o presidente Jair Bolsonaro afastou Bento Albuquerque do cargo de ministro de Minas e Energia do Brasil, pasta à qual está subordinada a Petrobras. Adolfo Sachsida, integrante da equipe econômica do ministro Paulo Guedes, foi nomeado para comandar o ministério.

Mas, qual o impacto nas ações da Petrobras? Nesse início de pregão de hoje, quarta-feira (11), os ativos da petroleira estavam em alta. As ações preferenciais (PETR4) da estatal subiam 3,82%, custando R$ 33,68, enquanto as ordinárias PETR3 valorizavam 4,90%, chegando a R$ 36,39.

Um dos motivos, segundo o Goldman Sachs, é que Sachsida fazia parte do Ministério da Economia e já defendeu a atual política de preços da Petrobras. Para o banco, o debate em torno da política de preços de combustíveis da Petrobras é um risco para o acionista.

Neste contexto, ainda é recomendável comprar Petrobras? Leia abaixo a análise de especialistas, voltada para assinantes:

Vale comprar as ações da Petrobras?

Para o Goldman Sachs, sim. "Continuamos com classificação de compra à luz do considerável rendimento de dividendos de 40% em 2022", publicou o banco, em relatório, referindo-se ao rendimento da estatal.

Na semana passada, a Petrobras aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 3,7155 por ação preferencial e ordinária em circulação. De acordo com a companhia, o valor aproximado é de R$ 48,5 bilhões.

Mas é preciso ter estômago para aguentar o vai e vem de preços ao qual o papel poderá sofrer no período eleitoral. Para quem não tem paciência para isso, muitos analistas estão recomendando se afastar das ações da petroleira.

É o caso, por exemplo, do PagBank. O banco recomenda, em vez da estatal, a aposta em PetroRio, uma das maiores empresas privadas no segmento de exploração de petróleo da Bolsa. A companhia tem baixo custo de extração, o que ajuda a empresa a passar por momentos de grande volatilidade no preço do barril do petróleo.

É o que também diz a RB Investimentos. "Com a proximidade das eleições, julgamos cada vez mais oportuno não estar exposto aos papéis de estatais", publicou a empresa.

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